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GERAL

Um começo de ano mais chuvoso

03/12/2020 06h00 | Atualizada em 03/12/2020 17h09

Dezembro será com precipitação de chuva na média

Overão inicia em 21 de dezembro e traz com ele a tão esperada chuva para Santa Catarina, como essa que cai há praticamente uma semana em dias e horários alternados. Essa previsão otimista para o próximo trimestre é da Epagri/Ciram, que indica chuva próxima à média em dezembro e acima da média nos meses de janeiro e fevereiro. O indicativo de precipitação acima da média é maior para o Litoral.
A segunda quinzena de dezembro será mais chuvosa em relação à primeira. Para o mês todo, a média mensal será de 130 a 150 mm no Litoral Sul, de 150 a 190 mm no Litoral Norte e Grande Florianópolis. Em janeiro e fevereiro, a média a mensal será de 150 a 190 mm no litoral Sul, podendo chegar a 200 e 230 mm na Grande Florianópolis e Litoral Norte.
Segundo boletim emitido pela Epagri/Ciram, boa parte da chuva do trimestre está associada à convecção devido ao calor da tarde e noite, em forma de pancadas passageiras, típicas de verão. Já a chuva mais significativa normalmente ocorre devido à passagem de frentes frias pelo litoral. Por sua vez, os episódios de chuva mais intensa estão associados a influência dos Sistemas Convectivos de Mesoescala (SCM).

Como será a
temperatura no verão

A previsão é de temperatura próxima a média climatológica em Santa Catarina, calor típico da estação. Em dezembro ainda podem ocorrer episódios isolados com temperatura mais baixa na madrugada e amanhecer, com geada fraca e isolada nas áreas altas do Planalto Sul.
Com relação à temperatura do mar, nos meses de outubro e novembro de 2020 as águas no Pacífico Equatorial apresentaram ampla área de resfriamento com anomalia de -1,0°C e -2,0°C, configurando o fenômeno La Niña. Nos próximos meses persiste a atuação da La Niña, com intensidade moderada a forte e pico máximo em janeiro. O fenômeno se estenderá até o primeiro semestre de 2021.
Os meteorologistas da Epagri/Ciram destacam que, no verão, é frequente a incidência de temporais com granizo e ventania no território catarinense, por vezes com acumulados significativos de chuva em curto intervalo de tempo. Por isso, é recomendado o acompanhamento diário das informações e dos boletins disponibilizados no site desse centro de pesquisa.

Chuva traz alívio aos produtores do Vale

Nova ação entre amigos é realizada para ajudar crianças

A expectativa de chuvas dentro da média em dezembro traz alívio ao produtor rural. Afinal, chuvas dentro da normalidade geram expectativas de colheitas de bom volume de forragens, silo de milho, grama e feno. “Com isso, temos menores custos de produção, pois a necessidade de compra de alimentos diminui. Com uma pressão menor sobre a compra de insumos de terceiros, há um efeito cascata, pressionando as cotações da saca de milho e soja”, comemora o produtor Diogo Becker, de Braço do Norte.


Diogo, que também é agrônomo, administra uma pequena propriedade rural de pouco mais de 15 hectares no Rio Pequeno, no limite com o município de Grão-Pará. Ali, planta, cria 40 cabeças de gado e possui uma granja com 110 matrizes suínas. Entretanto, lembra que que a questão climática se trata de previsões e destaca que, para o mês de novembro, a expectativa era de chuvas abaixo da média e que não chegariam a 100 mm. “Porém, tivemos uma grata surpresa com chuvas locais isolados de nossa região passando de 200 mm”, o dobro do previsto. “Por outro lado, tivemos regiões que sofreram muito mais do que a nossa com a estiagem, como é o caso do Oeste catarinense”, lamenta.


O agrônomo frisa que nos meses de setembro e outubro aconteceram chuvas abaixo da média, mas também as temperaturas foram mais amenas, o que acabou colaborando. “Pois, diminui a evaporação e, mantendo o solo mais úmido por alguns dias, em sistemas de plantio direto ou cultivo mínimo, as lavouras sentiram menos. Com a falta de água nos momentos adequados, sempre vão existir perdas. Mas, nada significativo”, diz o produtor, que tem dois hectares de milho plantado.


Ele ressalta que, na região, alguns produtores deixaram de plantar na janela ideal. “Esse impacto, porém, ainda não tem como ser mensurado, pois há vários fatores que podem interferir, ou mesmo beneficiar, a condução das lavouras. Diferente do Oeste, aqui não tivemos longos períodos sem chuva, o que acabava resultando, inclusive, em escassez de água para consumo humano”, diz Diogo.


Para o agrônomo, o importante é se habituar com certos períodos de escassez. “Isso não é algo novo. O que é novo são nossos sistemas de produção que são altamente produtivos e que exigem mais água em momentos específicos. Há 30 anos tínhamos uma população de 35 mil a 40 mil plantas por hectare. Hoje vai em torno de 60 mil a 65 mil por hectare. E estamos falando só em milho. Quando olhamos a fisiologia da planta, ela continua necessitando de 250 litros a 300 litros de água para completar seu ciclo”, adverte, sobre a necessidade de boa irrigação.

Novos seguros rurais de aves e suínos serão avaliados

Evento virtual Monitor do Seguro Rural será nesta
sexta-feira, 4 de dezembro

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) realiza nesta sexta-feira, 04 de dezembro, às 15h, uma videoconferência do projeto Monitor do Seguro Rural, dedicada ao seguro rural das atividades de avicultura e suinocultura. O objetivo é avaliar e propor aperfeiçoamentos nos produtos e serviços ofertados pelas seguradoras, que estudam a criação de seguros para essas atividades com coberturas mais aderentes às necessidades dos produtores.


Para participar da videoconferência basta acessar o link da plataforma Teams na data e horário agendados: tinyurl.com/msravesesuinos
O trabalho é coordenado pelo Departamento de Gestão de Riscos do Mapa e terá a participação de produtores com o apoio das entidades representativas do setor, cooperativas, associações, revendas de insumos, companhias seguradoras, empresas resseguradoras, corretores, peritos e instituições financeiras.


O seguro rural de aves e suínos ainda é incipiente no Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). “Será uma oportunidade de os produtores e técnicos dialogarem com as seguradoras para compreender o desenho de novos produtos de seguro rural que podem ser ofertados a partir de 2021”, explica o diretor do Departamento de Gestão de Riscos do Mapa, Pedro Loyola. Nesse caso, a subvenção é de 40% ao prêmio do seguro rural, enquadra.


No caso de suínos, o seguro rural prevê cobertura para morte do animal segurado em caso de doença de caráter epidêmico ou não (dependendo da seguradora); acidente; incêndio, raio, insolação e eletrocussão; envenenamento, intoxicação e ingestão de corpo estranho, desde que de forma acidental; asfixia por sufocamento ou submersão; luta, ataque ou mordedura de animais; inoculações vacinais e outras medidas de ordem profilática, necessárias à salvaguarda do animal.


O assunto chamou a atenção do secretário de Agricultura de Braço do Norte, Adir Engel, que confessa não ter ouvido nada a respeito do assunto, até agora. “Temos que aguardar e ver os valores que serão apresentados”, ressalta. “O produtor volta e meia tem problemas na sua granja. Ora com tormentas e descarga elétrica, ora com intoxicações ou ainda com problemas de doenças”, lembra.

Monitor do Seguro Rural

O projeto já avaliou diversas modalidades de seguros rurais desde julho desse ano essa é a última edição de 2020. O projeto retorna em 2021. O cronograma de eventos por videoconferência do Monitor, que começou em julho deste ano e se estende até final de 2022, tem a finalidade de identificar e propor melhorias nos serviços de seguro para mais de 60 atividades de grãos, frutas, olerícolas, pecuária, florestas, aquícola, café e outras culturas até o final de 2021. O monitor é uma oportunidade para os produtores e as cooperativas, com as entidades representativas, construírem soluções em conjunto com as seguradoras e o apoio do Mapa.

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