Campanha incentiva o ato de amamentar. Nasf de Braço do Norte promove ações na Semana Mundial de Aleitamento Materno que ocorre até o dia 07 de agosto

Com apenas 1 mês e 22 dias de vida, a pequena Isabela encontra no peito da mãe conforto, aconchego e principalmente o alimento necessário para o seu desenvolvimento. Mãe de primeira viagem, a moradora de Braço do Norte, Michele Pereira Borges, de 18 anos, sabe da importância da amamentação e pretende continuar a prática no mínimo até os seis meses de vida da filha.
Apesar de toda a importância do ato, a jovem confessa que se sente constrangida na hora de amamentar seu bebê em público. “Mesmo que seja algo natural, as pessoas ficam olhando incomodadas. Fico um pouco envergonhada”, revela a jovem.
Já a mãe Eliane de Lima amamenta seu terceiro filho. Com 4 meses, a pequena Mirela continua se alimentando só do leite materno e deve continuar. “Meus dois primeiros filhos foram amamentados até os 9 meses. Sempre coloco uma ‘toalhinha’ sobre os seios para não chamar a atenção das pessoas quando estou em público”, conta Eliane. Para incentivar o ato, o Ministério da Saúde lançou a nova campanha de incentivo à amamentação.
O evento, feito em alusão à Semana Mundial da Amamentação (1° a 07 de agosto), reforça a importância do leite materno para o desenvolvimento das crianças até dois anos e de forma exclusiva até os seis meses de vida, conforme preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em Braço do Norte, as técnicas do Nasf realizam ações durante toda esta semana com os grupos de gestantes das estratégias e do setor social. De acordo com a coordenadora, Cláudia Meurer, as mulheres recebem orientações sobre a importância da amamentação e como fazer a ordenha manual. “Quando a mulher volta ao trabalho, muitas vezes o aleitamento materno é interrompido e a criança perde a oportunidade de continuar recebendo este rico alimento. A ordenha manual é uma forma de extração do leite que pode ser oferecida para a criança no período em que a mãe está no trabalho. Estamos levando essas e outras orientações para as mamães do município”, explica Cláudia.
Recomendações
Dados da OMS afirmam que na região das Américas, por exemplo, pouco mais da metade (54%) das crianças começam a ser amamentadas na primeira hora de vida. Apenas 38% são alimentadas exclusivamente com o leite da mãe até os 6 meses de idade. E somente 32% continuam sendo amamentadas até os dois 2 anos. A organização recomenda que os bebês sejam alimentados exclusivamente pelo leite da mãe até os 6 meses e que a amamentação continue acontecendo, junto com outros alimentos, por até 2 anos ou mais. O aumento do aleitamento materno para níveis quase universais poderia salvar a vida de mais de 820 mil crianças com menos de 5 anos de idade e 20 mil mulheres a cada ano. Além disso, aumentar as taxas de aleitamento materno reduziria significativamente os custos das famílias e dos governos no tratamento de enfermidades infantis como pneumonia, diarreia e asma. E não param de surgir estudos comprovando os benefícios, tanto para o bebê como para a mãe.