Projeto promovido pelo CRAS resulta em lançamento de livro dia 17 de outubro
Uma iniciativa tocante tem como objetivo promover o fortalecimento dos vínculos familiares e dar voz a histórias de vida em São Ludgero. O projeto “Memórias Compartilhadas” está sendo desenvolvido pelo Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) junto a crianças e adolescentes de 6 a 15 anos e culminará com uma cerimônia para o lançamento de um livro na quinta-feira, 17 de outubro.
Por meio de encontros temáticos e atividades interativas, os participantes foram incentivados a refletir sobre suas memórias e compartilhar momentos marcantes em suas trajetórias, resultando na produção de um livro que eterniza essas lembranças. A orientadora social Karolayne Arantes explica que a ideia nasceu da vontade de proporcionar um espaço onde os participantes pudessem se conectar com suas memórias afetivas, fortalecendo os laços familiares.
“Pedimos para que eles pensassem, com suas famílias, em uma lembrança significativa, seja ela divertida, afetiva ou desafiadora, e desenhassem essa memória. Com isso, suas vivências foram registradas, valorizadas e preservadas. A partir daí, transcrevemos as histórias e montamos o livro, que será entregue às famílias em um evento especial”, destaca Karolayne. O lançamento oficial do livro “Memórias Compartilhadas” está marcado para o dia 17 de outubro, às 19h, no Centro Multiuso de São Ludgero.
A cerimônia, restrita às famílias das crianças e adolescentes participantes, contará com uma apresentação de dança do Estúdio Dahlia, leitura ao vivo de algumas histórias, exposição dos desenhos originais e histórias impressas e entre outras ações. Além disso, cada família será chamada para a entrega oficial do livro, com música de fundo. Com a aproximação do evento, a equipe do SCFV já avalia o projeto como um sucesso. “Nosso objetivo principal era dar voz às crianças e adolescentes, mostrando que suas histórias têm valor. O fortalecimento dos laços familiares foi perceptível, e acreditamos que o projeto cumpriu seu papel”, conclui Karolayne.
O percurso temático “Trilhando o Caminho do Autoconhecimento” foi o ponto de partida para a criação do “Memórias Compartilhadas”. Segundo Karolayne, o processo foi emocionante tanto para os jovens quanto para seus familiares. “Alguns tiveram a oportunidade de ouvir relatos de infância ou tradições familiares contadas por seus pais ou avós, e essas histórias acabaram sendo as escolhidas como as mais significativas para elas. Outras, mesmo não tendo vivenciado esse momento de troca familiar, emocionaram-se ao compartilhar suas próprias histórias, que traduziram como inspirações para o futuro”, relata.
Dessa forma, a iniciativa, que está em sua primeira edição, fortalece o sentimento de pertencimento e identidade. “Independentemente de como essas histórias surgiram — seja em família, com amigos ou como reflexões pessoais —, todas as vozes foram ouvidas e valorizadas. Acreditamos que o projeto atingiu seu principal objetivo: dar espaço para essas crianças e adolescentes se verem como protagonistas de suas próprias histórias. É um processo que gera não apenas um produto final, o livro, mas também uma transformação interna, individual e familiar”, avalia a profissional.
Entenda sobre o SCFV
O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) é um serviço complementar aos serviços socioassistenciais prestados às famílias, conforme estabelecido pela Resolução nº 109, de 11 de novembro de 2009, do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS). “O principal objetivo do SCFV é fortalecer a função protetiva das famílias e prevenir a ruptura de seus vínculos”, explica Karolayne.
Além disso, o serviço visa prevenir situações de risco social, fortalecer os laços familiares, promover o desenvolvimento do sentimento de pertencimento e identidade, incentivar a socialização e garantir a defesa e afirmação dos direitos de seus participantes, potencializando o desenvolvimento individual de cada um.
“Crianças e adolescentes que vivenciam situações de risco social têm prioridade nesse serviço, incluindo casos de negligência, vulnerabilidade social ou econômica, isolamento, exposição à violência e entre outros. Os participantes são organizados em grupos por faixa etária, respeitando as especificidades de cada ciclo de vida. Em nosso município, o SCFV atende crianças e adolescentes de 6 a 15 anos de idade, divididos nas seguintes faixas etárias: 6 a 9 anos, 9 a 12 anos e 12 a 15 anos”, detalha a orientadora social.
Os encontros ocorrem semanalmente para cada grupo na sede do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), totalizando 6 grupos de crianças e adolescentes, com duração de três horas. “Além das orientações sociais e atividades voltadas para o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, os participantes também têm a oportunidade de participar de oficinas de dança, conduzidas por uma profissional de educação física responsável. Eles recebem um lanche e, para garantir o acesso ao serviço, há um motorista que busca as crianças e as leva de volta para suas residências”, conta.
No atendimento específico com crianças e adolescentes, de forma direta no grupo, atuam as orientadoras sociais Karolayne Arantes e Natalia da Silva Wanderlind, que planejam e executam as atividades. Marília Fernandes Eing é a oficineira de dança e Claudeci de Melo Rohling o motorista. Além disso, a equipe técnica de referência do SCFV inclui a psicóloga e coordenadora, Jecica de Freitas Damaceno, e a assistente social, Carolina do Nascimento Santos, responsáveis técnicas também pelo Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF) e pelo Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Idosos (SCFVI).