Combate ao Aedes Aegypti segue em Braço do Norte
Dos três focos de Aedes Aegypti encontrados em Braço do Norte na semana passada, dois deles, no Centro e no São Januário, já tiveram a varredura realizada e não se constatou a proliferação do mosquito que transmite a Dengue. Esta semana, as três agentes de Combate a Endemias, em parceria com as agentes Comunitárias de Saúde, estão concentradas na varredura na comunidade de São Francisco de Assis.
“Precisamos muito neste momento de um pente fino no município, no intuito de eliminar todos possíveis criadores para o mosquito e orientar a população”, esclarece a Cibele. A presença das agentes de Saúde é importante para dar acesso mais rápido às residências. “Ainda não existem vacinas eficazes contra as doenças causadas pelo vetor e a única forma de prevenir, ainda continua em não deixar água parada. Qualquer recipiente por menor que seja em local aberto pode se tornar um criadouro. Por isso todos os imóveis devem passar por inspeções”, enfatiza Cibele.
“Continuamos nossas vistorias no foco do bairro São Francisco de Assis, acreditamos até o fim de semana seja concluído”, lembra. “Estamos com previsões de chuva para as próximas semanas e, com isso, aumenta os ricos para possíveis criadores”, alerta a agente.
Devido a atual pandemia de covid-19, o diagnóstico da dengue deve ser ainda mais preciso, para não ser confundido com o coronavírus. A dengue é uma doença transmitida pela picada do mosquito Aedes Aegypti, que se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais, como o Brasil.
Desse modo, por cerca de seis dias após a picada do mosquito, o vírus pode se manter incubado até começar a aparecer os sintomas. “Os primeiros são dores musculares, de cabeça, náuseas, febre, dores atrás dos olhos, fraqueza e dor abdominal, lesões avermelhadas e coceira na pele (estas podem estar ausentes). Além disso, eles podem ser confundidos com outras viroses e não só com o covid-19”, explica a agente Cibele da Silva.
Entretanto, esses podem ser sintomas da dengue de forma leve a moderada. “A forma mais preocupante é a hemorrágica, quando o paciente tem sangramentos na gengiva, na urina e nos órgãos do sistema digestivo ou outros locais decorrentes da queda de plaquetas, o que pode ser precipitado por medicamentos como Aspirina (AAS) e anti-inflamatórios, sendo estes portanto, contraindicados na suspeita de dengue”, enfatiza.
Além disso, as complicações da dengue hemorrágica podem levar à queda da pressão arterial e causar falência circulatória. “Doentes crônicos, idosos, crianças e gestantes precisam de atenção especial e o médico precisa estar alerta, com monitoramento frequente”, explica Cibele.