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Reunião discute ações a serem tomadas com moradores de rua

Braço do Norte tem, atualmente, 26 pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade

Braço do Norte - SC, 26/01/2024 08h30 | Atualizada em 26/01/2024 09h20 | Por: Redação
Município buscará fazer parcerias com entidades e formar grupos de apoio às pessoas em situação de rua

     Uma reunião entre os poderes Executivo e Legislativo, o Ministério Público, a Polícia Militar e entidades representativas foi realizada na tarde de quinta-feira, 25 janeiro, para debater sobre a situação dos moradores de rua em Braço do Norte. Durante a reunião, foram apresentadas propostas e estratégias que visam não apenas lidar com as consequências imediatas, mas também atuar na raiz do problema. A reunião concluiu com a aprovação de um plano de ação conjunto, envolvendo todas as partes interessadas, que devem ser apresentadas em breve para a sociedade. De acordo com dados do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), responsável pela abordagem das pessoas com situação de rua, somente em janeiro foram realizados 41 atendimentos, sendo que, neste momento, cerca de 26 pessoas vivem em situação de rua em Braço do Norte.
      Ainda segundo a Secretaria de Assistência Social, o Creas mantém um cadastro com os dados de cada morador, além disso, em cada abordagem, são oferecidos alimentos e vestuários, além de encaminhamento ao Sine para a busca de empregos. Porém, na maioria dos casos, não há interesse dos indivíduos. Assim como a Assistência Social, a Polícia Militar também faz abordagens periódicas, onde são levantadas as fichas criminais e, em caso, de mandado de prisão em aberto, os indivíduos são recolhidos ao presídio.
    A ideia é que sejam levantadas ações para reintegrar estes moradores à sociedade e que o grupo discuta formas para agir legalmente, reforçando os trabalhos já exercidos. “Foi uma reunião objetiva e esclarecedora e esse assunto precisa ser tratado com seriedade: de um lado temos a população que se sente intimidada e, de outro, os moradores de rua, que são humanos e merecem respeito. Estamos em busca de uma maneira de restaurar a dignidade dessas pessoas e, se e quando possível, ressocializá-los”, comentou o prefeito Beto Kuerten Marcelino.
    O prefeito lembra que o poder público não tem amparo legal para retirar as pessoas de locais públicos. Além disso, com o auxílio do Judiciário e do Ministério Público, o Município, através da Secretaria de Saúde, já realizou internações compulsórias para desintoxicação, porém, é necessário que o interno queira realizar a reabilitação, o que, muitas vezes, não ocorre. 

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“Não dê esmolas principalmente nos semáforos”: alerta o prefeito

     Segundo o prefeito Beto Marcelino, alguns pontos foram levantados no encontro como a importância que a população não dê esmolas principalmente nos semáforos, mas encaminhe à Assistência Social, a intensificação das abordagens do Creas e da Polícia Militar, um programa de apoio em conjunto com a iniciativa privada para estimular as pessoas que saem das internações a se qualificarem e buscarem emprego, a busca por dispositivos legais que inibam a permanência em estabelecimentos com bebidas e ilícitos nas madrugadas e a criação de um Comitê, conforme recomendação da Fecam para os Municípios Catarinenses, para integrar as entidades e alinhar a ações. “Eu agradeço a cada um que se disponibilizou. Nós estamos buscando um entendimento para que possamos fazer o melhor para toda a sociedade. É muito importante que se algum cidadão for ameaçado procure a polícia e faça boletim de ocorrência e que não contribua nos faróis, pois isso estimula a desistência da busca de empregos”, encerrou.
    A Secretária de Assistência Social, Gisely Heidmann Perin Meurer enfatiza que o Município buscará fazer parcerias com entidades e formar grupos de apoio às pessoas em situação de rua, com o intuito de fortalecer as ações já realizadas como a busca por condições dignas de vida. 

Oportunidade aos moradores de rua
     Quem quiser dar oportunidade aos moradores de rua podem orientar a buscar pelo Creas, que fica localizado na rua Nívea Philippi, 544, bairro Trevo (próximo a antena). O telefone é o 3658-7941, das 7h às 18h30min.
    Presente na reunião, o vereador Marcos Vieira acredita que o aumento do número de pessoas em situação de vulnerabilidade nas ruas de Braço do Norte é uma realidade que, em parte, é consequência do desenvolvimento constante que a cidade experimenta há vários anos. “O progresso e o crescimento econômico proporcionados ao longo dos anos também trouxeram consigo desafios sociais significativos”, avalia.
     Também participaram do encontro representantes da Secretaria de Saúde e Caps, Secretaria de Administração e Fazenda, Secretaria de Planejamento Urbano, Desenvolvimento Econômico, Cultura e Turismo, Acivale, Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/BN) e Conselho Comunitário de Segurança de Braço do Norte (Conseg).
     Marcos acredita que a presença de tantos órgãos e entidades representativas evidencia a complexidade e a interdependência das questões que envolvem a problemática dos moradores de rua. “Reconhecemos que é um desafio coletivo que demanda esforços conjuntos e soluções integradas. A integração de esforços entre as áreas da saúde, assistência social, segurança pública e planejamento é crucial para abordar as diversas facetas desse problema multifacetado”, lembrou.

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