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Por falta de matéria-prima, Grão-Pará pode paralisar a produção de caixões

09/04/2021 15h11 | Atualizada em 19/04/2021 11h04

Maior produtora de ataúdes do Estado não sabe se terá insumos para encerrar o mês

Responsável por 40% da produção de caixões funerários do Estado, com cerca de 7,5 mil urnas funerárias por mês, as três fábricas de Grão-Pará estão com dificuldades na compra de matéria-prima e podem ter que parar a produção nos próximos dias. Faltam MDF e madeira de pinos.

somente em Grão-Pará, são mais de 200 pessoas empregadas diretamente na fabricação de caixões

Para buscar uma solução, o prefeito de Grão-Pará, Helio Alberton Junior e o vereador Janir Oenning, ambos do PP, levaram o problema ao deputado estadual Rodrigo Minotto (PDT), que repercutiu a informação na sessão ordinária da última quarta-feira, 7 de abril. Após a manifestação, uma reunião está sendo agendada em Curitibanos para tratar do assunto. Já que os fornecedores do MDF, que representa 60% da matéria-prima utilizada para fabricação de ataúdes, estão em Caçador. “A Assembleia Legislativa precisa intervir junto às empresas, e esse esforço também vale para o Governo do Estado, para buscar uma solução para esse problema humanitário”, explica Minotto.

O vereador Janir Oenning ressalta que as duas empresas que fornecem o MDF estão preferindo exportar a madeira, pois, no momento, o mercado internacional tem sido mais lucrativo. “Temos informações de que algumas indústrias aqui da cidade têm matéria-prima para mais 20 dias apenas de trabalho”, alertou o edil. A informação é confirmada pelo proprietário da maior fábrica de caixões e kits do Estado, Carlos Alberto de Souza. “Não sei se conseguiremos chegar ao final do mês com o estoque que temos”, alerta. Segundo ele, a pandemia fez com que a produção passasse de 3,7 mil urnas por mês para 4,5 mil. “Nós ainda fornecemos o kit urna, um ataúde que vai desmontado e o comprador finaliza o produto da forma que quiser”, esclarece Carlos que somente o kit, são 6 mil, todos os meses, enviados para o Nordeste do País.

“Estamos preocupados com a paralisação das atividades”, destaca Carlos. “Apenas em Grão-Pará são mais de 200 pessoas empregadas diretamente na fabricação de caixões. Destes, 120 estão na minha empresa. Estamos na iminência de paralisar as atividades por falta também da madeira de pinus”, acrescenta. Segundo ele, as madeireiras estão preferindo vender para a construção civil do que fornecer para as fábricas de caixões. Santa Catarina tem outras três fábricas de ataúdes, uma de grande porte em Modelo e duas de médio porte em Caçador, que passam pela mesma dificuldade.

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