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GERAL

Parlamentares favoráveis ao “fundão” não comparecem

Próxima reunião da Facisc está marcado para 7 de fevereiro

30/01/2022 16h48

O encontro que deveria proporcionar entendimento e clareza sobre as decisões dos representantes legislativos causou indignação às lideranças empresariais do Sul de Santa Catarina pelo descaso. Nenhum dos parlamentares que votou a favor do aumento do Fundo Eleitoral, popularmente conhecido como “fundão”, compareceu na reunião convocada pela Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina realizada na noite de quarta-feira, 26 de janeiro, na Associação Empresarial de Tubarão (Acit).

Evando Júnior diz que empresários queria saber porque políticos aumentaram gastos com Fundo Eleitoral

Foram convidados a participar do encontro os senadores Dário Berger e Esperidião Amin e os deputados federais Angela Amin, Carlos Chiodini, Celso Maldaner, Darci de Matos, Fabio Schiochet, Pedro Uczai, Helio Costa e Rogerio Peninha. A maioria enviou justificativa, pessoalmente ou através da assessoria, dos motivos que não poderiam comparecer.

O presidente da Acit, Gean Carlo de Bom da Silva, abriu o evento e o espaço para o debate sobre as medidas que poderiam ser tratadas para combater tanto o aumento do fundo, quanto o descaso destes representantes. Ele aproveitou a ocasião e reforçou o seu posicionamento dentro da Associação. “Enquanto presidente vou fazer de tudo para não receber nenhum daqueles que votou pelo aumento do Fundo Eleitoral”, afirmou.

O presidente da Associação Empresarial do Vale de Braço do Norte (Acivale), Evaldo Niehues Junior, esteve presente e manifestou repúdio. Para ele, a reunião serviria para que os convidados prestassem esclarecimento sobre o porquê do voto favorável ao aumento do fundão eleitoral. “Agora, outra pergunta ficou no ar: por que não vieram? Pedimos que viessem para explicar, para que não precisássemos chegar ao ponto de dizer que não vamos recebê-los em nossa região, mas eles não vieram para explicar”, indigna-se Evaldo. “Cortar recursos da educação e da infraestrutura para investir em campanha política é inconcebível, ainda mais em um momento de pandemia e crise”, pontuou.

O presidente da Acivale ainda questiona: “Devemos recebê-los quando vierem na nossa região pedir nosso voto? Esse é o contexto que deve ser trabalhado”, avalia Evaldo. Ele ressalta que o posicionamento será individual. “Buscamos trabalhar com unanimidade das regionais, assim nos fortalecemos. A unânime está no fato de sermos todos contra o aumento do fundão, não apoiamos a decisão dos políticos que votaram a favor”, detalha o presidente a Acivale, e acrescenta: “Estes parlamentares não são bem-vindos. Mas, acredito que não seja o momento de dizer que não serão recebidos. Porque isso, deverá ser discutido em outras instâncias dentro da Federação”, defende. A reunião da Facisc que avaliará esse assunto está agendada para o 7 de fevereiro, a primeira segunda-feira do mês.

Os empresários estão indignados com o posicionamento dos parlamentares pois, no final de 2021, aprovaram o orçamento de 2022 que fixou em R$ 4,9 bilhões o valor destinado para o fundo eleitoral deste ano. O montante ficou abaixo dos R$ 5,7 bilhões aprovados inicialmente na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que o presidente Bolsonaro chegou a vetar e cujo veto foi derrubado pelo Congresso. A diferença será destinada para o orçamento do Ministério da Educação.

Apesar da redução, o fundão ficou bem acima do patamar das últimas eleições presidenciais. Em 2018, os partidos tiveram R$ 1,7 bilhão para as eleições para deputados, senadores, governadores e presidente. Em 2020, nas eleições municipais, a verba do fundo eleitoral foi de R$ 2 bilhões.

Além de representantes das ACIs das regionais Sul e Extremo Sul, estiveram presentes o vice-presidente Regional Sul da Facisc, Pedro Kuzniecow, e o vice-presidente Regional Extremo Sul da Facisc, Ubirajara Pickler.

Decisões da reunião

Entre os pontos tratados na reunião, algumas medidas são consideradas fundamentais para se trabalhar e não deixar o ocorrido cair no esquecimento. Entre elas:

  • A busca de caminhos judiciais para impedir a ação;
  • A falta de respeito dos deputados e senadores por conta do não comparecimento;
  • A unanimidade dos membros em serem contra o fundão;
  • A recomendação para que os representantes não sejam recebidos nas Associações;
  • Desenvolver campanhas para que a ação não fique no esquecimento;
  • Aguardar a reunião da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc), agendada para o dia 7 de fevereiro para confirmar quais medidas serão ‘abraçadas’.

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