Morador de Gravatal, o médico Carlo da Cunha detalha o Projeto Médicos pelo Brasil, que substitui o Mais Médicos
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ESPECIALISTA em Medicina da Família, Carlo diz que adora morar em Termas, onde também atende[/caption]
O Projeto Médicos pelo Brasil, criado pelo Governo Federal em substituição ao Mais Médicos, tem entre os responsáveis por sua revisão um médico residente em Gravatal. Carlo Roberto Hackmann da Cunha, 44 anos, Médico de Família e professor de Medicina da Unisul, é um dos revisores do projeto. “No Programa Médicos pelo Brasil, realizo um trabalho de consultoria junto ao Ministério da Saúde, Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) e OMS (Organização Mundial da Saúde), para a elaboração da Carteira de Serviços da Atenção Primária Brasileira, documento que precisa estar totalmente alinhado com todas as políticas desenvolvidas pelo Ministério da Saúde para a Atenção Primária à Saúde”, relata o profissional médico.
“Esse novo projeto é uma promessa de campanha do presidente Jair Bolsonaro que foi elaborada e enviada ao Congresso Nacional. Teve a participação de vários setores do Ministério da Saúde, sendo liderados diretamente pelo ministro Luiz Henrique Mandetta que é, digamos assim, o pai do projeto”, detalha Carlo.
O Programa Mais Médicos é um projeto lançado em 2013, no qual o Ministério da Saúde leva profissionais de medicina ao interior do país. Agora, chamado de Médicos pelo Brasil, o programa terá novas regras para seleção de profissionais e novos critérios para seleção de vagas. “No momento a MP (Medida Provisória) está na Câmara dos Deputados e precisamos aguardar todos os trâmites do Legislativo para poder verificar como realmente ficará o texto final do projeto, por isso, não temos nenhuma informação concreta sobre o funcionamento do Programa em Santa Catarina e mais específico na nossa região”, explica o médico e revisor. Porém, a base do projeto já foi estruturada e algumas diferenças irão surgir.
Segundo o médico de Gravatal, uma das principais inovações do atual projeto é a reordenação da alocação das vagas oferecidas, dando prioridade aos municípios com menor tamanho e densidade demográfica e maior distância de grandes centros urbanos. “Tais fatores são as maiores razões de dificuldade de provimento e fixação de médicos de acordo com literatura internacional. No PMM (Programa Mais Médicos), tínhamos quase 2.000 médicos alocados em capitais estaduais, por exemplo, Florianópolis chegou a ter 13 médicos”, detalha Carlo.
Além dessa, outras novidades estão inclusas no novo projeto. Agora, o Programa oferece estratégias de permanência e fixação dos profissionais nos municípios, através de contratação federal de médicos com plano de progressão na função. “Existem estudos que indicam que esta é, por si só, uma característica que traz melhores indicadores de saúde para uma determinada população. Com o passar do tempo o médico passa a conhecer bem todas as pessoas que atende”, destaca o revisor.
“Nesse novo Programa, os profissionais que poderão participar da seleção são apenas brasileiros ou estrangeiros com diploma”, expõe o médico. Assim, profissionais cubanos que permaneceram no Brasil após o fim do acordo de Cuba para participar do Mais Médicos, devem ficar fora do processo de seleção. “Esta medida é adotada pela maioria dos países no mundo. Um processo importantíssimo que os países adotam para garantir incorporação de profissionais com o devido processo de validação de diploma”, ressalta.
Carlo da Cunha é formado em Medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde fez mestrado em Epidemiologia, tem especialização em Medicina de Família e Comunidade, além de Acupuntura Médica no Cesac (PR). “Moro em Termas do Gravatal desde 2017 com minha esposa, Tainá Calvette, médica acupunturista, e com nossos filhos de 7 e 4 anos, que estudam no Centro Educacional Alpa Ideal, em Braço do Norte”, conta. Além da medicina, Carlo relata que tem outras paixões. “Gosto de morar em Termas do Gravatal, de estar com minha família, de acompanhar os filhos crescendo e de estar com os amigos. Gosto muito de música. Toco violão e tenho buscado me aprofundar no estudo da música em meu tempo de lazer”. Carlos atende também na Clínica Semente Cristal.