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Laudo aponta que falha ocorreu no momento da montagem da estrutura

12/02/2021 10h12 | Atualizada em 12/02/2021 16h52

IGP conclui análise sobre desabamento do novo ginásio de Braço do Norte

A falha que ocasionou o acidente na construção do novo ginásio de esportes de Braço do Norte, no Bairro Nossa Senhora de Fátima, ocorreu durante a montagem da estrutura metálica do que seria o telhado da obra. É o que aponta o laudo do IGP (Instituto Geral de Perícias) da Polícia Civil concluído na terça-feira, dia 9, e apresentado nesta quarta-feira, 10, ao prefeito Beto Kuerten Marcelino.

O documento faz parte do inquérito policial de mais de 100 páginas que apura as causas do acidente. Segundo o que foi apresentado, resumidamente em um relatório de 26 páginas, o desabamento ocorreu em virtude da retirada de barras provisórias (escoras) da estrutura metálica do telhado do ginásio. O documento aponta ainda que a causa determinante para a queda foi devido ao movimento de giro do eixo longitudinal das tesouras.

RELATÓRIO foi apresentado nesta quarta-feira ao prefeito Beto Marcelino

A apresentação do laudo ao prefeito Beto Marcelino foi realizada pelo engenheiro da Prefeitura, Richard Picolo Tramontin, na manhã da última quarta-feira, no gabinete do Executivo. Também acompanharam a demonstração o secretário Municipal de Planejamento Urbano e Desenvolvimento Econômico, Vânio Oliveira, o “Vaninho”, e o gestor de convênios Jeferson Hemkemeier.

De acordo com o prefeito, o próximo passo deverá ser a realização de uma perícia técnica no local que avaliará o que está comprometido na estrutura. Também será feito o levantamento dos prejuízos. “Isso será determinante para que possamos dar continuidade à execução da obra. Também serão vistas quais as possibilidades jurídicas para o caso”, disse.


O desmoronamento da construção ocorreu em 18 de novembro de 2020. As paredes laterais já levantadas caíram para dentro do prédio, deixando três operários que trabalhavam na obra feridos. Na ocasião, eles foram atendidos pelo Samu e pelo Corpo de Bombeiros e levados ao Hospital Santa Teresinha, de Braço do Norte. Dois deles tiveram ferimentos mais leves. O que ficou em estado grave teve de ser transferido para a UTI do Hospital São José, em Criciúma. Ele já se encontra fora de perigo e, no momento, conclui sua recuperação em casa.

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Empresa acrescenta fatores

Procurado pela reportagem da Folha do Vale, o engenheiro civil Rafael Fornasa, dono da empresa contratada para executar a obra, reconheceu o que o laudo apresenta, de que o colapso teria ocorrido durante o processo de montagem, porém, destaca que o relatório apresenta outros fatores que também podem ter sido determinantes para o acidente. “O laudo apresenta ‘‘n’ poréns’, de projeto, de estrutura mais ideal que poderia ter sido adotada para aquele fim. Enfim, outros fatores que não têm relação com a montagem. São várias questões que podem ter levado ao colapso na montagem”, argumentou.

“Já entrei em contato com a Prefeitura e, agora, estou esperando fazermos uma reunião para ver o que eles entendem a respeito. Importante destacarmos que se trata apenas do laudo. Ainda não saiu a decisão definitiva do inquérito policial sobre o acidente. Então, nós, empresa e Prefeitura, vamos ter uma conversa para ver se chegamos a um entendimento em conjunto sobre o laudo. Até porque a obra não é apenas nossa. Outras questões que estão no laudo envolvem também a Prefeitura. Após essa reunião, conforme for o andar da carruagem, a visão deles e a minha sobre esse laudo, e também depois que sair a definição do inquérito policial, é que podemos nos manifestar mais precisamente a respeito”, finalizou.

Segundo o engenheiro, relatório apresenta outros motivos que podem ter levado ao colapso na montagem

Orçada em aproximadamente R$ 2,5 milhões, com recursos do extinto Ministério dos Esportes, viabilizados pelo ex-deputado João Paulo Kleinübing, a obra iniciou em 2019. O projeto contempla 2.214 metros quadrados de área construída, arquibancadas nas duas laterais, vestiários, banheiros, cabine de imprensa e depósito e a sua lotação supera os 1,6 mil ocupantes. A lotação máxima do Ginásio Atílio Ghisi é de 375 pessoas.

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