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Dia dos Pais: Gesto de amor é externado na adoção

12/08/2018 07h22 | Atualizada em 13/08/2018 09h30
Wagner e Sérgio realizaram o sonho da paternidade por meio da adoção. Nesse Dia dos Pais comemoram a conquista junto aos filhos do coração O amor não escolhe detalhes como sexo, cor da pele ou idade. O amor escolhe apenas o coração. Foi com esse sentimento incondicional que o maquiador e cabeleireiro, Wagner Ribeiro, encontrou o pequeno Valentin. Ele era voluntário no Consórcio Intermunicipal da Criança e do Adolescente (Ciaca) de Braço do Norte, e lá conheceu a criança. “Desde a primeira vez que vi aquele bebê me apaixonei. Chegava a chorar de tanto amor que sentia e desejei muito ter aquela criança como meu filho”, relata Wagner. Junto há quase cinco anos com o companheiro Sérgio Arent, o casal homoafetivo decidiu que estava na hora de aumentar a família e tornarem-se pais. Pediram para ser padrinhos do menino que tinha 1 ano e 8 meses na época. Porém, a criança possui cinco irmãos e não estava para adoção. Após conversas e reuniões, o casal conseguiu apadrinhar o pequeno. “A convivência com ele só aumentou aquele amor e a vontade de adotar. Decidimos iniciar o processo, pois em seguida eles foram para adoção”, explica. Wagner e Sérgio fizeram o curso de adoção ministrado pela Justiça e enfrentaram uma ampla burocracia e processos para obter a guarda da criança. Após alguns meses uma ligação mudou a vida do casal. “Estávamos na fila de espera e nos ligaram. Ele tem uma irmã mais velha que é muito apegada e decidimos adotá-la também”, conta Wagner. Além de Valentin, o casal adotou a adolescente de 14 anos, Mariele. “Cada dia é um novo aprendizado com eles. Antes de chegarem montamos o quarto dela, compramos um berço pra ele e tudo que era necessário para recebê-los. Foram semanas sem dormir direito. Mudamos horário de trabalho e fizemos de tudo para cuidar bem do nosso bebê e da nossa menina”, detalha Wagner.   Filhos do coração Hoje Valentin está com 3 anos e Mariele se aproxima dos 15. Eles estão na escola e convivem normalmente com os novos pais. “O começo foi difícil, mas nos adaptamos e hoje saímos juntos pra passear e visitar a família e amigos”, diz Wagner. O cabeleireiro afirma que as pessoas olham com “estranheza” para a família, mas apesar dos preconceitos, continuam unidos e cada dia mais felizes. “Muitos ficam espantados por termos conseguido adotar os dois. Alguns nos questionam, mas não ligo. Pra nós, ser pai significa respeito, educação e acima de tudo, amor incondicional”, revela.   Novos filhos O casal gostou tanto da experiência de ter filhos que continuam com o nome na lista de espera para uma nova adoção. “Queremos adotar outra criança. Pra mim, adoção é um gesto de gratidão, aprendo muito com eles. Meu desejo é um dia ter um grande lar para ajudar as crianças abandonadas e que necessitam de atenção e cuidado”, sonha Wagner. Nesse domingo, o casal comemorará o Dia dos Pais ao lado dos filhos do coração. “A Mariele sempre escreve cartinhas pra gente. Na escolinha do Valentin também fizeram lembrancinhas do Dia dos Pais. Esse é o segundo ano que comemoramos a data com eles. Pra nós é gratificante e emocionante celebrar cada dia ao lado dos nossos filhos”, comemora o casal.   Reconhecimento de direitos a adoção Você sabia que no ano de 2015, finalmente o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a Adoção de crianças por casais homossexuais? Este fato foi possível, pois a família formada por casais homossexuais passou a ser reconhecida como entidade merecedora de proteção estatal, visto que a Constituição Federal não faz diferenciação entre a família formalmente constituída ou aquela formada por pessoas do mesmo sexo. A adoção por casais homossexuais pode ser tanto em ação conjunta ou no caso de coadoção (quando um dos filhos biológicos e/ou adotivo é adotado pelo outro integrante da relação). Após todos os trâmites da adoção, o casal aprovado será considerado habilitado e deverá aguardar aparecer a criança com o perfil compatível ao escolhido. Estudos especializados apontam que não há inconveniente algum em que crianças sejam adotadas por casais homossexuais. O mais importante é a qualidade do vínculo e do afeto que existe no meio familiar em que serão inseridas e que as liga aos seus cuidadores.   Trâmites do processo
  • Apresentação de documentos
  • Entrevistas com psicólogos e assistentes sociais
  • Visitas a abrigos
  • Aprovação final de um juiz
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