Associação de Apoio à Criança e Adolescente (Asacad/Casa Lar) promove aulas de capoeira para os alunos três vezes por semana

“Paranauê! Paranauê, Paraná”. Com certeza, você já ouviu ou cantou essa música em algum lugar. É ao som dessa canção e do tradicional berimbau que essa sexta-feira, 03 de agosto, Dia da Capoeira, será especial para os capoeiristas. Os alunos da Associação de Apoio à Criança e Adolescente (Asacad/Casa Lar) de Braço do Norte, descobrem na atividade a alegria e o gingado e fazem bonito nas rodas de capoeira. A entidade promove aulas três vezes por semana, através do projeto “Mais Cultura, Menos Violência”.
Música, dança, cantoria, brincadeira, luta, crianças batendo palmas ao som do berimbau ou da batida do atabaque e do pandeiro. É assim que são todas as aulas de capoeira na Asacad, ministradas pelo professor Igor Gabriel Cruz, há quatro meses. “Eu trabalho com as crianças a cultura no geral. A capoeira é bem ampla, dentro dela existem vários elementos, é uma mistura de esporte, luta, dança e música. A capoeira forma cidadãos e ensina as crianças a serem pessoas melhores”, explica o professor.
Conforme Igor a capoeira desenvolve a disciplina, estimula a prática de atividades físicas, além de mostrar como a violência não vale a pena. “Na capoeira não existe disputa e sim companheirismo e respeito, sempre tento passar para eles que somente pelo fato de já estarem praticante a capoeira, eles já são grandes vencedores, que não precisa agredir o colega, aqui não somos adversários”, destaca Igor.
Igor revela que não quer apenas que as crianças joguem capoeira, e sim que levem os ensinamentos para a vida toda. “É gratificante ver o quanto eles gostam da capoeira, ver os olhinhos deles brilhando a cada aula, com certeza isso não tem preço. Sem contar que a capoeira ela contribui e muito na formação dessas crianças, já é notável como muitos aqui já mudaram o seu comportamento, o modo como falam com as professoras, por exemplo, já aprenderam a ter mais paciência, a ter mais respeito com o outro. E isso me enche de orgulho”, ressalta o professor.
Folha Mais
O projeto conta com aproximadamente 80 alunos de seis a 14 anos
Brincando de capoeira
O pequeno Juan Carlos Costa, de 10 anos, é um dos alunos de Igor. “Eu adoro jogar capoeira, já aprendi muitas coisas. O que mais gosto é plantar bananeira e virar mortal”, conta Juan.
Izadora Mendes Henrique, 10 anos, garante que não quer parar de praticar o esporte. “Gosto tanto de fazer as aulas, é muito legal. Temos que prestar bastante atenção para aprender os movimentos. Já aprendi o gingado, a fazer estrelinha, macaquinho, cruz”, revela a pequena.