Produtores vendem seu produto na faixa de R$ 4,70 a R$ 4,90. Custo em setembro foi de
R$ 3,88
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PRODUTORES estão satisfeitos com o preço e a perspectiva de mercado da suinocultura[/caption]
Os custos de produção de suínos e de frangos de corte calculados pelas Cias (Central de Inteligência de Aves e Suínos da Embrapa) tiveram comportamentos diferentes no mês de setembro. Enquanto o ICPFrango registrou o segundo mês consecutivo de alta (+1,55%), chegando aos 222,51 pontos, o ICPSuíno manteve praticamente estável em comparação a agosto (-0,03%), fechando o nono mês do ano em 221,69 pontos.
O ICPSuíno mantém uma relativa estabilidade desde junho. De lá para cá, o índice calculado pela Embrapa variou apenas 0,28 ponto. Aliás, o índice de setembro é igual ao de junho (221,69 pontos). Apesar disso, no ano, o ICPSuíno acumula alta de +1,13%. O custo por quilo vivo de suíno produzido em sistema de ciclo completo em Santa Catarina é o mesmo de agosto: R$ 3,88.
Já o ICPFrango acumula uma variação de +2,12% em 2019 e registrou a pontuação mais alta do ano justamente em setembro. O custo de produção do quilo do frango de corte vivo no Paraná passou de R$ 2,83 em agosto para R$ 2,88 em setembro, valor calculado a partir dos resultados em aviário tipo climatizado em pressão positiva.
Os índices de custos de produção foram criados em 2011 pela equipe de socioeconomia da Embrapa Suínos e Aves e Conab. Santa Catarina e Paraná são usados como estados referência nos cálculos por serem os maiores produtores nacionais de suínos e de frangos de corte, respectivamente.
Membro da Câmara Técnica de Desenvolvimento Agrícola do DEL de Braço do Norte, o agrônomo Diogo Becker lembra que durante o mês de outubro, que ainda não terminou, já se observou um aumento no custo da produção em relação a setembro. Entretanto, o preço do suíno vivo também subiu no mercado local. Hoje, o quilo do suíno vivo está entre R$ 4,70 a R$ 4,90.
“A perspectiva de mercado segue otimista”, explica o jovem produtor de suínos que tem uma granja no Lado da União. Ele lembra que neste período sempre há um incremento por parte das agroindústrias. “Até porque elas começam a comprar suínos dos produtores independentes, visando estabelecer um estoque para o começo do ano. Portanto, a demanda nacional continua firme”, ressalta Diogo.
Outro fator que tem feito o produtor sorrir é a venda de produtos para a China. O país está habilitando diversas plantas frigoríficas em praticamente todo o Brasil. Tudo para atender a demanda por conta da falta do produto decorrente da peste suína africana, que teve seu primeiro caso oficial em agosto do ano passado.