Segunda-feira, 18 de agosto de 2025
Braço do Norte
22 °C
14 °C
Fechar [x]
Braço do Norte
22 °C
14 °C
GERAL

Ciaca apura denúncia desde fevereiro

26/07/2019 11h04 | Atualizada em 27/07/2019 05h57
Funcionários são afastados pelo Ministério Público por suspeita de mãos tratos a crianças e adolescentes   Quatro funcionárias do Ciaca (Consórcio Intermunicipal de Abrigo para Crianças e Adolescente), entidade que atende crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, foram afastadas temporariamente por conta de uma liminar expedida pela Justiça a pedido do Ministério Público. O motivo: as profissionais, três educadoras e uma auxiliar, são suspeitas de maus tratos contra acolhidos da instituição. Na ação civil pública apresentada pelo Ministério Público, a partir da denúncia de uma psicóloga que trabalhou no local, a promotora de Justiça Fabiana Mara Silva Wagner relata o que seria “uma rotina de atitudes rudes e grosseiras”. Entre as situações, corroboradas pelo testemunho de outros funcionários, voluntários e acolhidos, estão crianças com as fraldas sujas por várias horas sem que fossem trocadas; submetidas a banho frio como castigo por terem feito xixi nas calças ou na cama - situação essa vivida, inclusive, por um cadeirante acolhido; crianças pequenas sozinhas nos quartos por várias horas; e castigos físicos (como beliscões). Segundo a coordenadora do Ciaca, Marlise Nazário Elizeu, a situação tem sido investigada desde fevereiro deste ano, quando, disse que recebeu uma carta da ex-funcionária da instituição, denunciando que tais atitudes “rudes e grosseiras” ocorriam, principalmente, no decorrer das noites e nos fim de semana. Justamente nos horários em que, normalmente, não estão presentes membros da coordenação ou do corpo técnico. “Minha primeira atitude com relação à denúncia foi levar carta ao Conselho Deliberativo do Ciaca, formado pelas assistentes sociais de todos os município que integram o Consórcio dos municípios envolvidos. Em reunião, o Conselho decidiu por dar prosseguimento à denúncia junto ao Ministério Público”, relata. [caption id="attachment_5697" align="alignright" width="300"] Coordenadora do Ciaca, Marlise Nazário Elizeu[/caption] Ainda de acordo com Marlise, o Ministério Público orientou a dar início, a um Processo Administrativo (PAD), procedimento em que a conduta de servidores concursados são avaliados por uma comissão interna. “O PAD ainda está em andamento e estamos apurando todas as denúncias como determinado. Paralelamente, o Ministério Público ingressou esta ação contra as funcionárias. Ação esta que ainda não foi decidida. Elas apenas foram afastadas até que o Processo Administrativo e a ação judicial sejam concluídas”, diz. Marlise Nazário Elizeu faz questão de ressaltar que o Ciaca, fundado em 2004, é uma entidade referência em Santa Catarina no acolhimento de crianças e adolescentes que tiveram seus direitos violados ou negligenciados e foram afastados temporariamente por suas famílias. “Contamos com toda uma estrutura adequada para receber essas crianças. Os juiz da Vara da Infância e da Juventude e a promotora Fabiana nos visitam e fiscalizam o serviço periodicamente”, destaca. Para a coordenadora, o trabalho que tem sido realizado pelo Ciaca há 15 anos não pode ser prejudicado por conta de suspeitas que ainda não foram confirmadas. “Neste momento, estamos atendendo 12 crianças de várias cidades da região. São, ao todo, 27 funcionários que trabalham com dedicação para oferecer todo o carinho e amor que essas crianças precisam. Não podemos deixar que atitude de três ou quatro pessoas, o que nem foi comprovado ainda, prejudique esse trabalho e, pior ainda, coloquem em risco o atendimento daquelas crianças e adolescentes ainda vão precisar de acolhimento”, conclui. Atualmente, nove município integram o consórcio. Além de Braço do Norte, Santa Rosa de Lima, Rio Fortuna, São Ludgero, Grão-Pará, São Martinho, Imaruí, Orleans, Armazém e Gravatal. Hoje, o presidente do consórcio é o prefeito de Santa Rosa de Lima, Salésio Wiemes (PT), que assumiu o cargo em meados de junho.

Folha entrevista a psicóloga

que realizou as

denúncias. Leia aqui.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Folha do Vale

Rua Manoel Neves, 470, Bairro Tiradentes, Gravatal, CEP: 88.735-000 - Santa Catarina.

Folha do Vale © Todos os direitos reservados.
Demand Tecnologia
WhatsApp

Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao utilizar este site, você concorda com o uso de cookies.

Ok, entendi!