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Ceci: uma breve jornada marcada por amor, esperança e união

Neste domingo, 21 de janeiro, balões brancos ascenderam ao céu como homenagem ao legado deixado por Cecília Ribeiro, emocionando a todos os presentes

Uribicí - SC, 23/01/2024 10h00 | Atualizada em 23/01/2024 10h18 | Por: Redação
No momento do sepultamento, balões brancos foram soltos ao céu, acompanhados de uma salva de palmas, como forma de homenagem, emocionando a todos

     Uma passagem breve, mas repleta de ensinamentos. A pequena Cecília Ribeiro Farias, a “Ceci”, de apenas 4 anos, mostrou o verdadeiro poder da união de forças em prol de uma causa. Ela mobilizou uma multidão de pessoas que se engajaram para que o seu tratamento contra a leucemia fosse possível. Ela também deu exemplo de garra e encantou a todos os que tiveram o prazer de cruzar pelo seu caminho. 

    Infelizmente, no sábado, 20 de janeiro, a passagem física dela se encerrou, mas sua existência continuará reverberando e sendo lembrada. Neste domingo, 21, o Ginásio de Esportes Noé da Costa Ribeiro, em Urubici, que estava com o chão coberto por balões coloridos, recebeu centenas de pessoas em sua cerimônia de despedida. Ao fim, no momento do sepultamento, balões brancos foram soltos ao céu, acompanhados de uma salva de palmas, como forma de homenagem, emocionando a todos os presentes. Uma van, inclusive, foi disponibilizada pela Prefeitura de Braço do Norte para ajudar no transporte para o velório, bem como o suporte e atendimento sempre que necessários durante o tratamento.

     Adriano Farias, morador de Braço do Norte e pai de Ceci, agradeceu todos que deram as mãos pra minha filha Cecília nessa campanha. “É indescritível expressar minha gratidão a tantas pessoas que lutaram junto nesses dias tão difíceis. Cecília foi uma guerreira, lutou por mais de um ano contra a leucemia, vivendo praticamente só em hospitais e, mesmo assim, sempre com sorriso rosto e sem reclamar, nos dando tanto amor e carinho que conseguiu unir pessoas e mobilizar cidades inteiras. Sou grato a Deus pelos quatro anos que eu pude conviver com minha princesa e sentir o amor mais puro e sincero que existe”, declarou o pai dela.

       A campanha para arrecadar os R$ 2,5 milhões necessários para o tratamento foi tão longe que chegou a ser divulgada por personalidades como a atriz Claudia Raia e pela influenciadora e caminhoneira Sheila Bella, que juntas somam mais de 11,5 milhões de seguidores somente no Instagram. A família havia conseguido por volta de R$ 1,6 milhão. Sobre o valor, Adriano informa que ainda está sendo definido juridicamente qual será a destinação.

      De acordo com ele, tudo será feito de forma transparente, assim como tem ocorrido desde o início da campanha. “Estamos recebendo muitos questionamentos sobre o que vai ser feito com o dinheiro. Nós temos apoio jurídico, que estará vendo nos próximos dias qual o destino. Assim que tivermos uma resposta para onde será destinado o dinheiro, que está em uma conta judicial, soltaremos uma nota e informaremos os meios de comunicação para que todos saibam”, adiantou.

Família alerta para golpe
      A família ainda alerta para anúncios falsos feitos por golpistas utilizando o caso para pedir doação. Isso ocorreu por meio de posts patrocinados nas redes sociais que, ao clicar, aparece uma página que imita o site Razões para Acreditar. Contudo, a campanha oficial foi encerrada após a partida da Cecília e o pedido dos familiares é para que as pessoas que não façam nenhuma doação e que ajudem a denunciar. Um Boletim de Ocorrência já foi confeccionado e o crime está sendo investigado.

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Sobre o caso
     Cecilia foi diagnosticada com leucemia linfoide aguda tipo B há um ano. Imediatamente, o tratamento foi iniciado e, em fevereiro deste ano, a doença reapareceu. Quatro meses depois, passou por um transplante de medula óssea doada pela mãe, Patrícia Ribeiro. Porém, teve graves complicações e veio a segunda recidiva do câncer, sendo necessária a quimioterapia para controle da doença. 

     Os tratamentos disponíveis atualmente não eram capazes de manter a doença sob controle a longo prazo. Por isso, a família lutava para arrecadar R$ 2,5 milhões para arcar com o tratamento com o medicamento Kymriah, uma terapia com células CAR-T, realizada nos Estados Unidos. Por meio dela, as células de defesa do paciente são modificadas em laboratório para que "aprendam a eliminar a doença" e, então, são recolocadas no organismo para que haja o combate natural do corpo contra o câncer. O Sistema Único de Saúde (SUS) não cobre a terapia. Dessa forma, a campanha foi iniciada.

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