Notas refletem melhorias nas séries iniciais entre o 4º e 5º ano, porém, pontuam reduções nas turmas da 8ª e 9ª série do ensino fundamental e médio das escolas municipais e estaduais

A educação é um direito fundamental que ajuda não só no desenvolvimento de um país, mas também de cada indivíduo. Por meio da educação, garantimos nosso desenvolvimento social, econômico e cultural. Toda criança precisa obter educação e o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), do Ministério da Educação é uma ferramenta utilizada para avaliar o ensino brasileiro. O levantamento referente a 2017 revelou que os municípios da região do Vale tiveram melhorias no desempenho nas notas dos alunos entre o 4º e o 5º ano. Contudo, alguns municípios apresentaram baixa nas notas das turmas da 8ª e 9ª série e principalmente no ensino médio.
Dos 17 municípios da Amurel, apenas quatro tiveram desempenho melhor do que em 2015: Braço do Norte, Imaruí, Jaguaruna e Sangão. Em Braço do Norte, a nota passou de 5.9, em 2015, para 6.0 em 2017. Na avaliação do 5º ano, a meta projetada era de 5.8 pontos, sendo que a pontuação ficou em 6.0. Já no 9º ano, a meta projetada para 2017 era de 4.9, sendo que a avaliação atingiu os 5.0 pontos. “Nosso objetivo é aumentar ainda mais esses índices. Estamos inovando em novos projetos, investindo na capacitação de professores, contratação de segundo professor e professores itinerantes, além do projeto piloto “Escola de Pais”. Acreditamos que a família comprometida com o processo ensino aprendizagem auxilia no desenvolvimento educacional da criança, entre outras ações”, explica a secretária Claudinéia Niehues.
Já o município de Grão-Pará apresentou melhorias nas séries iniciais e alcançou a nota de 6.2. “Essa foi a primeira vez que a rede municipal alcançou o Ideb e estamos muito contentes com o resultado”, afirma a Secretária de Educação e Cultura, Sabrina Miguel Ascari. No entanto, já nas séries finais o município baixou de 4,8 para 4,4.
A Supervisora de Gestão da Rede, Regiane Loch Becker, da Gerência Regional de Educação (Gered) de Braço do Norte, informa que uma reunião será realizada nesta terça-feira, 11 de setembro, com os diretores das escolas estaduais para avaliar as notas. “Nossa preocupação está com as séries finais e o ensino médio que apresentaram baixa evolução. Vamos analisar o que podemos fazer para contribuir com o aumento dessas notas”, comenta.
Orleans alcança meta
A rede de escolas públicas municipais de Orleans recebeu a nota de 6,3 no ensino fundamental pela avaliação do Ideb referente ao ano de 2017. O município teve destaque ao superar a meta proposta para o ano, que era de 6,1. Para o prefeito Jorge Koch, este desempenho reflete o resultado dos investimentos que a administração tem implementado na educação. A implantação do novo Sistema Positivo no município tem como objetivo atualizar a educação de Orleans. “Estamos implantando um sistema que moderniza o ensino, referência em todo o país, utilizado inclusive por escolas particulares. É através da educação que transformaremos nossa cidade”, disse o chefe do poder executivo. Já o secretário da educação Lindekson Resin, afirma que com a implantação do sistema moderno de ensino, a reforma das escolas, implantação de novos computadores de última geração, o município começa alcançar resultados melhores. “Estamos capacitando professores, oferecendo material de qualidade para nossos alunos e garantindo o aprendizado”, completa o secretário.
Média das notas na rede pública de ensino (municipal e estadual)
Município 4ª e 5ª série 8ª e 9ª série 3ª série (ensino médio)
2015 2017 2015 2017 2015 2017
Armazém 6,1 6,3 5,6 4,6 * *
Braço do Norte 5,8 5,9 4,5 4,5 * 2,9
Grão-Pará 5,9 6,2 4,8 4,4 * 4,4
Gravatal 6,0 6,4 5,8 5,1 * *
Orleans 5,8 6,2 4,7 5,1 * 3,7
Rio Fortuna 5,9 6,5 5,1 5,1 * 4,3
Sta Rosa de Lima * 6,8 * 4,6 * 4,1
São Ludgero 6,4 6,4 4,4 4,6 * 3,6
O Ideb
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgado a cada dois anos, foi criado em 2007 para medir a qualidade das escolas e das redes de ensino no Brasil. Ele é calculado com a combinação de dois conceitos educacionais importantes: o fluxo escolar (a taxa de aprovação, reprovação e abandono) e o desempenho de estudantes em avaliações que medem o conhecimento em português e matemática, considerados base para as demais disciplinas do currículo escolar. O índice varia de 0 a 10. As metas projetadas são diferenciadas para cada unidade, rede e escola. Elas são apresentadas bienalmente, desde 2007 até 2021, de modo que os estados, municípios e escolas deverão contribuir em conjunto para que o Brasil atinja a meta 6,0 em 2022 o mesmo patamar educacional da média dos países participantes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Para que serve
Com os resultados, o governo determina metas para a educação e planeja a distribuição de recursos. Além disso, diretores e professores ficam sabendo como está o trabalho e podem promover mudanças.