Neném com apenas 4 meses é salva em Braço do Norte na noite da última terça-feira

Shirlene Cristina Loureiro Soares, de apenas 18 anos, viveu momentos de tensão na última terça-feira à noite. Ao medicar sua filha, Serena, que tem apenas 4 meses e estava com tosse, não percebeu que a menina se engasgou com o medicamento. “Fui notando algo de errado quando ela foi ficando com os olhos arregalados e com o corpo mole”, lembra a mãe que entrou em desespero. Acredita que a filha deva ter ficado uns cinco minutos sem respirar.
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Agente Lucas Lopes Serafim aliviado com mais um salvamento[/caption]
A jovem estava na casa de sua mãe, Sheila Cristiane, de 34 anos, no Bairro Floresta, acompanhada do marido, Francisco Augusto Oliveira, 22 anos. “Foi quando ligamos para a Polícia Militar, através do número 190”.
Às 23h40min, a ligação foi recebida na Central Regional de Emergências de Tubarão e encaminhada ao agente temporário Lucas Lopes Serafim que, imediatamente, orientou a mãe sobre os procedimentos de APH (Atendimento Pré-Hospitalar Manobra de Heimlich) que deveriam ser realizados para que a criança voltasse a respirar. “Ele me disse que deveria colocar a criança virada de bruços em meu braço, com a cabeça levemente voltada para baixo e dar pequenos e leves golpes nas costas na neném”. Shirlene lembra que, aos poucos, a criança voltou a respirar e chorou.
No mesmo momento em que realizado o procedimento, o sargento Jean Carlos Medeiros, coordenador de guarnição da Central Regional de Emergência, acionou uma viatura da Polícia Militar de Braço do Norte que estava em rondas próximo a localidade. O cabo Fernando Martins Locks e o soldado Lucas Schmoeller Fernandes encaminharam a mãe, o pai e a criança, ao Hospital Santa Teresinha. “A neném chorava muito. Estava desesperada”, relata o policial Locks. A médica de plantão atestou que a criança estava bem e liberou a bebê. Os policiais que aguardavam na porta do hospital o desfecho do caso, levaram, aliviados, a família de volta para casa.
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No dia seguinte ao susto, Shirlene, disse para a reportagem da Folha do Vale que a pequena Serena já estava melhor da tosse. “Aparentemente, a gripe está passando”, diz feliz a mãe, que é agradecida a todo atendimento prestado pelos agentes de segurança.
Lucas que, com sucesso auxiliou a mãe desesperada a salvar a vida de sua criança em Braço do Norte, três meses atrás realizou outro salvamento de um recém-nascido que estava engasgado com leite, utilizando o mesmo procedimento. “A felicidade após o salvamento faz valer a pressão da responsabilidade de ter que salvar uma vida por telefone”, avalia o agente Temporário da Central Regional de Emergências de Tubarão. “O momento do atendimento é sempre de preocupação, mas depois você sente o alívio e reconforto”, conta.
Em caso de bebê engasgado
• Deitar a criança sobre o braço;
• A cabeça deve estar um pouco mais baixa que o tronco;
• Observar se tem algum objeto na boca que possa ser retirado;
• Se a criança continuar engasgada, deve-se incliná-la de costas, com a barriga sobre o braço, com o tronco mais baixo que as pernas, e dar 5 palmadas com a base da mão nas suas costas. Se ainda assim não for suficiente, deve-se virar a criança de frente, ainda sobre o braço, e efetuar compressões com os dedos médio e anular sobre o tórax da criança, na região entre os mamilos.