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Apaes da região mobilizadas pela conscientização

Dia Mundial da Síndrome de Down foi celebrado no dia 21

São Ludgero, 24/03/2023 08h56 | Atualizada em 27/03/2023 13h06 | Por: Redação
Data foi marcada por programação especial nas Apaes da região

Uma conscientização em nível global é realizada a cada dia 21 de março. Isso porque a data é marcada pelo Dia Mundial da Síndrome de Down. O objetivo é claro: a busca por respeito e autonomia, que resultam em mais oportunidades. A fim de fortalecer a campanha educativa, as Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) da região realizaram atividades alusivas.
Conforme a diretora da APAE de São Ludgero, Daniela Ouriques Nunes Vicente, durante toda semana, foram divulgadas informações a respeito das Diretrizes de Atenção à Pessoa com Síndrome de Down. “O objetivo é oferecer orientações às equipes multiprofissionais, pais e comunidade em geral sobre as causas e os cuidados à saúde da pessoa com síndrome de Down, nos diferentes pontos de atenção da rede de serviço ao longo do seu ciclo vital”, explica. Além disso, toda a equipe da APAE de São Ludgero participou do 8º Seminário Estadual sobre Síndrome de Down (SD), em Florianópolis, nesta terça-feira, dia 21. Representantes da APAE de Rio Fortuna também se fizeram presentes no evento que reuniu especialistas para discutir, entre outros temas, inclusão no mercado de trabalho, autonomia, saúde e direitos.

Data foi celebrada com conscientização em nível global nesta semana

Um seminário interno também foi realizado na APAE de Rio Fortuna, nesta quinta-feira, dia 23, com apresentação de vídeos, rodas de conversas e explanação acerca da rotina dos oito alunos com síndrome de Down. “Divulgamos nas redes sociais um vídeo feito por eles, no qual relatam seu dia a dia na instituição, as atividades que participam e o quanto estão engajados dentro da APAE de Rio Fortuna”, detalha a diretora Bruna Fernandes Pereira Soares, acrescentando que eles participaram de diferentes atividades diárias ao decorrer da semana. Em Grão-Pará, a diretora do Centro de Atendimento Educacional Especializado (CAESP) Pequeno Príncipe, Viviani Kafka, também utilizou das redes sociais para difundir o trabalho de conscientização, com publicações que esclarecem sobre o tema. Na APAE de Gravatal, a data foi marcada por celebração.

“Sempre buscando desenvolver as potencialidades dos educandos, foi proposto um dia festivo, marcado por uma valorização pessoal e importante daqueles que apresentam a síndrome de Down, onde faz-se atividades coletivas, bem como a divulgação também em redes sociais a fim de potencializar a individualidade de cada um dentro do meio escolar, familiar e social”. Já na APAE de Braço do Norte, nesta quarta-feira, 22, foi exibido para as turmas das oficinas o filme “Colegas”, que fala sobre o tema. Trata-se de uma comédia que aborda de forma inocente e poética coisas simples da vida por meio do olhar de três jovens com síndrome de Down apaixonados por cinema. “Os professores também comentaram sobre o tema, abrindo para discussão com nossos alunos e realizando rodas de conversas para conscientização de que a síndrome não é doença”, relata o diretor da APAE de Braço do Norte, Angelo de Souza.

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A luta contra o preconceito, que vem da desinformação

A definição de preconceito é “opinião formada antes de ter os conhecimentos necessários sobre um determinado assunto”. Portanto, apenas a informação e o respeito são capazes de combate-lo. Tendo isso em vista, a diretora da APAE de São Ludgero, Daniela Ouriques Nunes Vicente, explica do que se trata a síndrome de Down. “Também conhecida como Trissomia do cromossomo 21, esta é uma condição humana geneticamente determinada, é a alteração cromossômica (cromossomopatia) mais comum em humanos e a principal causa de deficiência intelectual na população. A presença do cromossomo 21 extra na constituição genética determina características físicas específicas e atraso no desenvolvimento”, detalha.

Estimulação adequada é o que garante oportunidades e inclusão

Para quem convive com pessoas com síndrome de Down, este cromossomo a mais recebe outro significado. “É o cromossomo do amor sincero e verdadeiro, onde nós, enquanto instituição, acompanhamos uma trajetória de lutas e conquistas para que as pessoas com deficiência tenham o seu espaço na sociedade, que sejam pessoas felizes, mesmo tendo as suas limitações”, declara a diretora APAE de Gravatal, Kelen Michels Meurer Cargnin, acrescentando que eles proporcionam ensinamentos diários por meio de muita alegria. “É a empatia estampada no rosto de cada um, fazendo a diferença na vida de quem encontram”, completa. Para a diretora da APAE Rio Fortuna, Bruna Fernandes Pereira Soares, além propagar informação, o intuito desta data também passa pela garantia de direitos. “Neste dia, queremos muito conscientizar e reforçar a importância de mais políticas públicas envolvendo nossos usuários. Quanto mais informada for a sociedade, mais direitos serão garantidos. Queremos alcançar mais equidade, união e pertencimento, pois eles merecem um tratamento igualitário”, declara a diretora.

A necessidade de abrir caminhos para a inclusão

O diretor da APAE de Braço do Norte, Angelo de Souza, reforça que a mensagem principal a ser deixada nesta data é sobre as possibilidades decorrentes da estimulação adequada. “Jovens com Down têm muitas potencialidades e podem alcançar níveis altos de desenvolvimento, desde que sejam acolhidos e estimulados de maneira apropriada. O principal paradigma a ser vencido é o do preconceito. Já avançamos muito, mas devemos sempre estar alertas e vigilantes para garantir que não ocorram novos casos de preconceitos, principalmente os gerados pela desinformação”, defende.

“Precisamos entender que, dando a eles condição igual, mas adaptada dentro dos limites de cada um, como se dá aos ‘ditos normais’, eles conseguem mostrar para a sociedade que podem sim ter uma vida igual a qualquer outro cidadão. Precisa-se muito entender que nossos Downs não são ‘coitadinhos’. Eles brincam, conversam, leem, trabalham, choram, brigam, amam, namoram e até se casam. Basta apresentar um mundo não só com igualdade, mas sim com equidade de direitos”, acrescenta Bruna, diretora da APAE de Rio Fortuna. Viviani Kafka, diretora do CAESP Pequeno Príncipe, de Grão-Pará, reforça a urgência de quebrar conceitos errôneos já formados. “É preciso quebrar o estigma do ‘diferente’”, afirma ela ao citar o principal paradigma a ser rompido. “Para isso, é necessário conscientizar a sociedade da importância da inclusão e da busca pelas mesmas oportunidades educacionais, sociais e profissionais”, complementa.

 

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