Trecho de pouco mais de 17 quilômetros entre Braço do Norte e Rio Fortuna está em condições precárias de trafegabilidade
A Amurel (Associação dos Municípios da Região de Laguna), na manhã desta sexta-feira, atendeu o pedido das prefeituras de Braço do Norte, Rio Fortuna e Santa Rosa de Lima e autorizou que a sua equipe de engenharia confeccione o projeto de restauração da SC-108, entre a comunidade de Vila Nova, em Braço do Norte e o Centro de Rio Fortuna.
Com o projeto em mãos, o Governo do Estado já se comprometeu a licitar e recuperação este trecho de pouco mais de 17 quilômetros. A garantia foi dada na terça-feira desta semana, em Florianópolis, pelo secretário de Estado da Infraestrutura e Mobilidade de Santa Catarina, Thiago Vieira, durante encontro com lideranças políticas do Vale.
Os detalhes de como o projeto será elaborado foram discutidos nesta sexta-feira pela manhã pelos técnicos da Amurel com os prefeitos de Braço do Norte, Beto Kuerten Marcelino (PSD), de Santa Rosa de Lima, Salésio Wiemes (PT), e de Rio Fortuna, Neri Vandresem (PP), juntamente com secretário Executivo da Amurel, Celso Heidemann. Os profissionais iniciarão na próxima semana a inspeção de todo o trecho da rodovia. Nos locais que os técnicos acreditem que seja necessária uma retificação completa da camada asfáltica, será necessário realizar uma sondagem. Cada prefeitura ficará responsável em providenciar o levamento do seu trecho. Com o laudo deste material em mãos, os engenheiros elaboram o projeto que pode ser encaminhado do Governo do Estado. A previsão é que ele leve de quatro a seis meses para ser concluído.
O secretário de Estado se comprometeu em liberar os recursos necessários para execução da obra assim que o projeto executivo estiver finalizado e aprovado junto à Secretaria de Estado da Infraestrutura e Mobilidade Urbana. Se nenhum entrave atrapalhar, a restauração deverá começar em um ano.
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Com a notícia de que a restauração completa da rodovia SC-108 pode ser realizada com um projeto em mãos, usuários frequentes da via manifestam expectativa com a relação à obra. A comerciante Joelma Pereira da Silva Oenning é proprietária de uma floricultura localizada às margens da rodovia, na comunidade de Represa, em Braço do Norte. Ela conta que, em frente ao seu estabelecimento, em períodos de chuva, é constante o acúmulo de água e a formação de buracos na pista. “Os veículos passam por aqui e jogam água em direção à loja. Se tem um ciclista passando, ou alguém em frente, um caminhão parado descarregando produtos, sempre acaba molhando as pessoas. Além disso, muitos veículos têm o pneu furado com causa dos buracos. As equipes de manutenção costumam tapar os buracos, mas basta chover um pouco mais e eles reaparecem”, conta.
Para o motorista de caminhão Vanderli Ghizoni, 41 anos, morador de Braço do Norte, a restauração total da rodovia é primordial, principalmente quanto à segurança no trânsito. “Não há acostamento da pista. O mato cresce à beira da estrada e, além de provocar acúmulo de água, prejudica a visão. Como, numa curva, podemos respeitar a distância de 1,5 metro do ciclista, por exemplo, se não há visão para além da curva, por causa que vegetação que invade a estrada? Se a gente encontra um cliclista numa situação dessas, o risco de acidente é grande”, alerta o caminhoneiro, que afirma usar a SC-108 com frequência para o transporte de ração para suínos.