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COLUNISTAS

Um brinde solitário — mas cheio de orgulho

15/05/2025 12h55 | Atualizada em 15/05/2025 12h55 | Por: Cláudia Borba
A Vinícola Thera tem sido uma das vozes firmes nesse movimento

Por Claudia Borba – Coluna Abrindo a Garrafa

Quando falamos em reconhecimento internacional, os olhos sempre brilham um pouco mais. E nesta semana, foi a vez do Brasil brilhar na Decanter World Wine Awards, uma das premiações mais respeitadas do planeta. Foram 38 medalhas de prata para vinhos brasileiros — um número que, por si só, já diz muito sobre a nossa evolução no cenário global.

Mas o que me chamou atenção foi um detalhe que diz mais do que parece: entre todos os premiados, apenas um rótulo catarinense. Sim, um único representante de Santa Catarina levou prata para casa. E que representante! O Montepulciano 2022 da Vinícola Thera, com raízes em Urubici e Bom Retiro, foi o escolhido.

Pode parecer pouco à primeira vista, mas vou dizer o contrário: é muito. É simbólico. É potente.

Ver um vinho catarinense — e ainda mais, uma uva italiana como a Montepulciano — alcançar destaque na prestigiada revista inglesa Decanter, que celebra 50 anos de história, é motivo de festa. É a prova de que o trabalho feito nas alturas de SC, com todo o desafio de clima e geografia, está no caminho certo. E mais: está sendo visto, reconhecido, respeitado.

A Vinícola Thera tem sido uma das vozes firmes nesse movimento. Inovadora, consistente e com um cuidado estético que salta da garrafa para o paladar. O Montepulciano 2022 é intenso, redondo, e agora — medalhista. Um verdadeiro cartão de visitas para o que Santa Catarina tem a oferecer ao mundo.

Fica aqui a minha provocação: imagine quando mais vinícolas catarinenses decidirem mirar o mundo? Se com um rótulo já estamos na mesa da Decanter, com muitos, podemos estar no centro dela.

Parabéns à Thera. Parabéns à viticultura brasileira. E que esse brinde solitário seja apenas o primeiro de uma longa fila de taças levantadas.

Santa Catarina: um terroir que merece respeito

14/05/2025 16h00 | Atualizada em 14/05/2025 15h59 | Por: Cláudia Borba
Santa Catarina está escrevendo sua história entre os grandes. E que bom poder brindar com ela.

Por Claudia Borba – Coluna Abrindo a Garrafa

Tem hora que a gente precisa parar o gole e bater palmas. Foi exatamente isso que fiz ao ver os resultados da 10ª Grande Prova Vinhos do Brasil. Seis rótulos catarinenses entre os melhores do país. E não estamos falando só de boas notas – estamos falando de reconhecimento nacional em categorias que vão dos espumantes ao fortificado. Isso é enorme. E merecido.

Santa Catarina tem se firmado, ano após ano, como um território promissor para vinhos de altitude, e agora o país inteiro começa a perceber isso. Em especial, é impossível não destacar o Merlot 2013 da Vinícola Kranz, de Treze Tílias, que cravou impressionantes 95 pontos e ficou entre os melhores tintos super premium do Brasil. Um vinho de guarda, elegante, que representa bem o que esse terroir pode entregar quando há paciência, técnica e respeito à uva.

Mas não foi só ele. Tivemos Riesling Itálico de Rodeio, Sangiovese rosé com método tradicional em Urubici, Refosco surpreendendo em São Joaquim... ou seja, um verdadeiro tour pelo potencial vinícola catarinense. Cada vinho premiado mostra que o estado não é mais promessa — é realidade.

Tenho repetido isso há tempos: os vinhos de Santa Catarina são uma joia que muitos brasileiros ainda não descobriram. Talvez porque a produção não seja tão massiva como em outras regiões, talvez por uma questão de distribuição... mas quem prova, entende.

E aqui vai meu conselho: não espere o próximo ranking para dar atenção aos rótulos catarinenses. Visite as vinícolas, converse com os produtores, prove direto da fonte. É uma experiência que vai muito além da taça. É sentir o frescor da altitude, o cuidado artesanal e a paixão que move esse novo e vibrante capítulo da viticultura brasileira.

Santa Catarina está escrevendo sua história entre os grandes. E que bom poder brindar com ela.

Do passado ao futuro, Vinícola Damian festeja 50 anos de história

12/04/2025 14h20 | Atualizada em 14/04/2025 14h23 | Por: Cláudia Borba

Casa Del Nonno muda de nome e celebra gerações com novos rótulos, mantendo viva a herança da uva Goethe em Urussanga
 
Sob as parreiras de Goethe, em um dia típico de outono, a Casa Del Nonno, de Urussanga, celebrou mais um importante momento de sua história. Além de festejar os 50 anos de tradição, dedicação e paixão pelo vinho, a vinícola mudou sua marca e, a partir de agora, passa a se chamar Vinícola Damian.
A novidade, comenta o administrador Matheus Damian, vem para celebrar e fortalecer ainda mais a história da empresa. “É mais um importante passo na nossa trajetória. A mudança reflete nossa visão de futuro, enquanto, ao mesmo tempo, lembra as raízes que nos trouxeram até aqui. É uma promessa de que continuaremos a transformar uva em vinho, honrando o legado dos nossos antepassados e inovando para as futuras gerações”, pontua ele.
Ainda durante o evento, foram lançados três novos rótulos, cada um representando uma geração da família: a grapa barricada, homenageando Renato Damian, o espumante extra brut Goethe, que lembra o fundador Hedi, e um vinho com cinco castas, de Matheus. “Cada um traz uma história e uma formulação exclusiva, celebrando a inovação, a busca pelo novo, a pesquisa que caminha lado a lado com a nossa vinícola”, comenta Matheus.
O evento também contou com atividades culturais, incluindo o tradicional Tombo da Polenta e apresentações de músicos locais, celebrando a herança italiana da região. Além disso, fortaleceu Urussanga como terra fértil para cultura e história, tendo no centro a uva Goethe, matéria-prima para vinhos e espumantes únicos, típicos e raros.
Entre os presentes esteve Haroldo Gianezini, que veio de Sinop, no estado do Mato Grosso, especialmente para o aniversário. “Conheci o vinho através do meu filho, que é professor em Criciúma, e me apaixonei. Vim a Urussanga várias vezes, e não deixo de passar por aqui”, diz ele, ao complementar: “é a primeira vez que participo de uma festa na vinícola e estou encantado pela organização e pela beleza. É uma honra, para mim, poder prestigiar um momento tão especial e testemunhar mais este marco na história da família”, expõe.
 
Sobre a Vinícola Damian
Fundada em 1975 por Hedi Damian, a Vinícola Damian sempre mostrou forte vocação para o Goethe, um símbolo da herança vinícola da região. Ao longo de décadas, expandiu a produção e inovou continuamente, aumentando a cartela de vinhos e introduzindo espumantes e frisantes; sempre mantendo o respeito pelas técnicas e sabores trazidos pelos imigrantes italianos.
Os primeiros rótulos, lançados no centenário de Urussanga em 1978, marcaram o início do reconhecimento pelos vinhos produzidos. Pouco tempo depois, a década de 1980 viu o surgimento de produtos os que são sucesso ainda hoje, como o rosé Bottiglia Rosata e o Peccato Bianco. O lançamento do primeiro espumante Goethe do mundo na década de 2000 consolidou ainda mais o nome da vinícola.
Em 2007, a chegada de Matheus Damian, representante da terceira geração da família, foi marcada pela criação da linha Damian e, sequentemente, dos microlotes experimentais, reafirmando o compromisso com a busca contínua pela excelência.
Agora, com a transformação da Casa Del Nonno em Vinícola Damian, uma nova fase se inicia, fortalecendo ainda mais a imagem da marca e destacando seu legado familiar.
 

Janelas de vinho ou “Buchette Del Vino”

12/02/2025 10h15 | Atualizada em 13/02/2025 10h29 | Por: Cláudia Borba
Segundo a Associazione Buchette del Vino, são mais de 150 janelas do tipo espalhadas por Florença e não há coisa similar em qualquer outra cidade do mundo.

Você já ouviu falar nas janelas de vinho?
    No século 17, nos anos 1630, a Peste assolou a Itália e a região de Florença. Em mais uma onda de devastação da peste bubônica, as pessoas precisaram se isolar. Assim, bares e tavernas tiveram de fechar as portas. Mas os italianos daquele tempo pensaram em uma solução criativa para continuar servindo os fregueses sem manter contato físico: eles criaram as buchette del vino, literalmente “buracos de vinho”.
    Eram janelas minúsculas, mas com espaço suficiente para passar um braço e, o mais importante, uma taça. Em desuso há séculos, essas janelas foram reabertas na pandemia. Por toda a  Florença, as janelas de vinhos se tornaram, novamente, a opção dos comércios para servir clientes sem necessidade do contato próximo e, assim, evitar a disseminação do novo coronavírus. 
    Segundo a Associazione Buchette del Vino, são mais de 150 janelas do tipo espalhadas por Florença e não há coisa similar em qualquer outra cidade do mundo. Curiosamente, o fenômeno das “buchette del vino” despertou  grande interesse na internet. As pessoas querem descobrir o uso diário dessas janelas no passado, se elas realmente serviam só como pontos de venda para os nobres que produziam vinho ou se tinham outras funções menos conhecidas.
    Há ainda quem pesquise sobre a lenda de que algumas dessas janelinhas escondem passagens secretas e tesouros não descobertos. Ademais, os turistas estão sempre em busca de listas atualizadas com as localizações precisas destas pequenas peças de patrimônio, para poderem incluí-las em suas rotas turísticas. Importante ressaltar que muitas dessas janelinhas foram restauradas e agora enfeitam restaurantes e bares, onde é possível, inclusive, comprar uma taça de vinho servida através delas, revivendo a tradição secular.
 

Experiência do mês

    Encerrou, neste último domingo, dia 9, a 17ª edição Vindima da Uva Goethe, um evento muito aguardado, que celebra a cultura e a produção de vinhos na região. Nesse período, as vinícolas associadas à ProGoethe - Casa Del Nono, Vigna Mazon, Vinhos Quarezemin, Vinhos Trevisol, Vinícola Bianco e Vinícola De Noni - ofereceram aos diversos turistas e apreciadores de vinhos atividades como degustações, harmonização de vinhos, apresentações musicais, visitas guiadas a vinícolas e entre outras. 

    Os visitantes puderam apreciar não apenas a excelência dos vinhos, mas também a beleza das paisagens locais e a deliciosa gastronomia italiana. No dia 8 de fevereiro, tive uma experiência incrível na Vinícola De Noni, onde participei da “Serata del Vino”, que é uma mistura de história vinhos e música. À noite, começou uma visitação em grupo pela vinícola, que foi uma verdadeira imersão no mundo da vinicultura. Nessa ocasião, pudemos conhecer a história, da vinícola e sua produção, sendo nos apresentada cada etapa do processo de fabricação do vinho, revelando os segredos da colheita das uvas e as técnicas de fermentação e envelhecimento.
     Essa experiência proporcionou um profundo entendimento e apreciação pela arte de produzir vinho, tornando a noite ainda mais especial. Após a visitação na Vinícola, foi o momento da degustação de vinhos, quando foram servidos 5 rótulos produzidos na vinícola: vinho tradicional, goethe, carbenet sauvignion, malbec rose e moscatel. Pudemos fazer análise sensorial que nos permitiu identificar as características dos vinhos, a cor, aromas, sabores e a textura que dá a cada vinho um caráter próprio e sabores únicos. Foi sem dúvidas um momento muito rico realizado na própria vinícola, que é um ambiente aconchegante, acompanhado de uma agradável música e uma deliciosa tábua de frios, deixando essa experiência ainda mais incrível.
    O sucesso da Serata del vino foi um reflexo da riqueza cultural e da dedicação presente na Vindima Goethe, que deixou certamente ótimas memórias em todos os que tiveram o privilégio de prestigiar esse evento lindo!
 

Vamos harmonizar?

Torta de maçã

A torta de maçã é uma sobremesa clássica que encanta com sua combinação perfeita de sabores e texturas. A massa crocante contrasta maravilhosamente com o recheio macio e levemente adocicado das maçãs, que podem ser temperadas com canela e açúcar, criando uma experiência gustativa única. 

Além de saborosa, a torta de maçã também tem seu valor nutricional. As maçãs são ricas em fibras, vitaminas e antioxidantes, que ajudam a promover a saúde digestiva e fortalecem o sistema imunológico. Quando preparada com ingredientes de qualidade e em quantidades moderadas, essa sobremesa pode ser uma escolha balanceada para momentos especiais.
Para fazer uma torta de maçã, serão necessárias 3 maçãs vermelhas descascadas, cortadas em meia lua, regadas com suco de 1/2 limão, 1/3 de xícara de açúcar, quanto baste de canela em pó (opcional), 1 folha de massa pronta gelada (folhada ou filo) e 1/2 colher de manteiga. 
Uma dica de harmonização com a torta de maçã é um espumante Moscatel, elevando ainda mais a experiência gastronômica. Este tipo de espumante, conhecido por seu sabor adocicado e seus aromas florais e frutados, complementa perfeitamente o perfil doce e levemente ácido da torta. A efervescência da espumante ajuda a limpar o paladar, tornando a combinação ainda mais agradável. Sirva a torta levemente aquecida com espumante bem gelado. Será uma experiência inesquecível!

 

Vinho Verde não é verde

02/01/2025 14h20 | Atualizada em 02/01/2025 14h21 | Por: Cláudia Borba

Curiosidade

     Você sabia que os “vinhos verdes” podem ser brancos, rosés ou tintos? O Vinho Verde tem esse nome não por causa da própria cor, mas devido à região onde é produzido e pelo estilo jovem e fresco da bebida. Ele é originário da Região Demarcada dos Vinhos Verdes, localizada no noroeste de Portugal, onde o clima e o solo dão características únicas aos vinhos.
O termo “verde” faz alusão à juventude do vinho, que geralmente é consumido pouco tempo após a produção, mantendo a frescura, a leveza e a acidez marcante. Esse frescor lembra algo “verde”, em contraposição a vinhos mais maduros ou envelhecidos.

Experiência

Está Chegando

     A Vindima da Uva Goethe foi marcada pelo lançamento de sua 17ª edição em 14 de dezembro de 2024, na Praça Central de Urussanga. Um momento especial para os amantes do vinho, especialmente àqueles que apreciam rótulos leves e frutados, ideais para harmonizar com a rica gastronomia italiana. 
     Já em 9 de janeiro, acontece a colheita simbólica na Pousada Vales dos Figos. Este evento é uma verdadeira experiência cultural, que combina tradição e modernidade, destacando a rica herança italiana, uma celebração que promete encantar os visitantes através da apresentação dos melhores vinhos, frisantes e espumantes com Indicação Geográ¬fica de Procedência Vales da Uva Goethe. 
     Durante a Vindima, visitantes têm a oportunidade de participar de degustações de vinhos, enquanto desfrutam de pratos típicos da culinária italiana, preparados com ingredientes locais. O evento, além de promover o enoturismo, atraindo amantes da culinária local, também fortalece o senso de comunidade entre produtores e visitantes, celebrando a cultura e os sabores da região.

PROGRAMAÇÃO
     De 11 de janeiro a 9 de fevereiro, as vinícolas associadas à ProGoethe - Casa Del Nono, Vigna Mazon, Vinhos Quarezemin, Vinhos Trevisol, Vinícola Bianco e Vinícola De Noni - abrirão suas portas para receber amantes do vinho, oferecendo uma variedade de atrações e programações incríveis. É uma oportunidade única para explorar os sabores dos vinhos Goethe e conhecer de perto as práticas vitivinícolas da região. Não perca a chance de vivenciar este evento que une tradição, sabor e cultura.

Vamos harmonizar?

Salada Caprese
     A Salada Caprese é uma clássica receita italiana, conhecida por sua simplicidade e frescor. A origem deste prato maravilhoso nada mais é que a Ilha de Capri. É refrescante e ideal para ser degustada nos dias de calor. Tradicionalmente, ela é feita com fatias de tomate fresco, mussarela de búfala e folhas de manjericão, e é temperada com azeite de oliva extra virgem, sal e pimenta. Os ingredientes são dispostos de maneira alternada, formando um prato visualmente atraente e delicioso. 
     Para harmonizar com essa receita, a Salada Caprese, com seu equilíbrio perfeito de tomate maduro, mussarela fresca e manjericão, são ideias vinhos brancos leves e frescos, como um Sauvignon Blanc. Com sua acidez nítida e notas herbáceas, eles complementam a frescor do tomate e do manjericão, enquanto respeitam a suavidade da muçarela, deixando esse prato ainda mais delicioso!

Eventos

9 de janeiro – Colheita Simbólica, na Pousada Vale dos Figos, às 9h;
11 janeiro a 9 fevereiro – Vinícolas e restaurantes abrem as portas para apresentar vinhos e gastronomia;
12 e 19 de janeiro – Passeio de Maria Fumaça – Expresso Goethe;
23 de janeiro – Celebração da Missa da Colheita, na Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição, em Urussanga.

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