Encontro foi intermediado pelo deputado Volnei Weber
diretoria do Hospital de Braço do Norte esteve com a secretária de Estado da Saúde A diretoria do Hospital Santa Teresinha, de Braço do Norte, participou, na noite da última terça-feira, 28 de março, de uma audiência com a secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto. O encontro foi um pedido do deputado estadual Volnei Weber para tratar de demandas da instituição. Entre elas, o apoio para a reabertura do setor pediátrico e a maternidade.
Na pauta, algumas demandas do hospital, como a ampliação de sua estrutura física, a carência de médicos - especialmente, de pediatras da instituição. Também foi comentado sobre o projeto de implantação de 10 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), que está em fase de construção.
“Na verdade, tratamos do status da ampliação do nosso prédio, bem como a questão da vocacionalização de nossa UTI futura e, ainda, encaminhamos o pedido de liberação de recursos para aquisição dos equipamentos para essa Unidade de Terapia Intensiva e Agência Transfusional”, detalhou o presidente do HST, Pedro Michels Neto.
Quanto à carência de médicos, em especial, de pediatras da instituição, foi protocolado durante o encontro o projeto de reabertura da maternidade. “Novamente, solicitamos recursos financeiros para que pudéssemos buscar profissionais pediatras no mercado, pois a carência por este profissional continua muito alta”, lembra o presidente.
A falta de profissionais fez com que a Ala Pediátrica, que também atende a maternidade, fosse fechada há pouco mais de um ano. Várias propostas e tratativas foram feitas, porém, o valor solicitado por médicos e empresas para assumir o plantão do setor foge da realidade financeira da instituição.
Por sua vez, a secretária pediu apoio para zerar as filas de cirurgias. “Informamos que já somos parceiros da Secretaria da Saúde há longa data para as cirurgias e que estamos realizando ações bimestrais de cataratas, além de cirurgias de ginecologia, geral, proctologia, urologia, ortopedia, otorrino e dermatologia”, ressaltou Michels. “E, agora, ainda mais, está se empenhando para contribuir com o zeramento dessa fila”, reforçou a secretária. O Santa Teresinha realizou em 2022 um total de 62.388 atendimentos pelo SUS (Sistema único de Saúde), com 1.829 cirurgias de cataratas e outras 1.638 diversas.
“Agradeço o pronto atendimento e atenção da secretária Carmen Zanotto por nos receber e ouvir nossas demandas. Quem acompanha minha trajetória política sabe que o Hospital Santa Teresinha sempre foi uma das minhas principais bandeiras e luta”, explica Weber que, em seu primeiro mandato, repassou mais de 3,5 milhões em emendas impositivas para a construção da UTI. “Poder proporcionar atendimento de saúde adequado e especializado para a população é algo que não tem preço: ajudar as pessoas nos momentos que mais precisam é o que de fato me motiva a continuar na vida pública”, afirma o parlamentar que, neste segundo mandato, já destinou mais de R$ 1,1 milhão para a UTI. Outros R$ 2 milhões conseguiu diretamente com o Governo do Estado através de desvinculação orçamentária e trabalho de convencimento.
Também participaram do encontro o vereador Michell Sombrio, o ex-vereador Israel de Souza e o chefe de gabinete de Weber, Rodrigo Pavei.
Partos: somente agendados
O Hospital Santa Teresinha fechou o primeiro trimestre de 2022 com 158 partos realizados somente pelo SUS (Sistema Único de Saúde) em sua maternidade. Era o terceiro trimestre seguido de crescimento, pois o anterior havia fechado em 143 partos.
Com a suspensão do plantão na maternidade e o consequente fechamento da Ala Pediátrica, os números foram reduzidos drasticamente. O segundo trimestre do ano passado registrou 60 nascimentos pelo SUS, o terceiro trimestre 19 e o último trimestre de 2022 fechou com apenas 7 partos, o mesmo número registrado até o momento em 2023. Essa diminuição significativa no número de partos acarreta em uma diminuição significativa da receita do hospital.
“Estamos retomando os agendamentos de partos, tanto SUS, como particulares e convênios”, explica o presidente do hospital, Pedro Michels Neto. “Apesar de não termos o plantão pediátrico, mantemos o atendimento obstétrico. Então, conseguimos atender os partos agendados”, ressalta.
O presidente lembra que as gestantes são orientadas a procurarem um hospital mais perto para terem seus bebês quando o parto é natural. “Porém, já aconteceu casos de o plantonista perceber que era mais arriscado levar a gestante para Tubarão na ambulância, pois poderia ganhar o bebê no caminho, do que realizar o parto no Santa Teresinha. Neste caso, se o pediatra não estiver no hospital, o clínico geral acompanha o parto”, salienta.
