Prefeito de Braço do Norte avalia seus dois mandatos e o que pretendia ter feito ainda
O prefeito de Braço do Norte, Beto Kuerten Marcelino, deixa a Administração Municipal após oito anos comandando a cidade ao lado do seu vice-prefeito, Ronaldo Fornazza. Em entrevista à Folha do Vale, Beto comenta a última eleição, faz uma avaliação de seus dois mandatos e diz o que queria ter feito, mas não pôde realizar. Beto ainda fala sobre sua possível ida para a Assembleia Legislativa e por qual obra espera ser lembrado.
Com qual sentimento você deixa a Administração Municipal de Braço do Norte?
Beto Marcelino: Com o sentimento de dever cumprido. Melhoramos a vida das pessoas, mesmo sabendo que é impossível resolver tudo e agradar a todos, mas colocamos em prática o maior pacote de desenvolvimento da história de Braço do Norte. Não foram apenas obras, mas ações impactantes e inovadoras, como, por exemplo, o Melhor em Casa. Estendemos o horário da Policlínica até as 22 horas, reformamos e ampliamos unidades educacionais e de saúde, estamos construindo mais uma creche, construímos um ESF, auxiliamos na construção da UTI, pavimentamos centenas de ruas, demos vida nova ao Estádio Lauro Koch e ao Parque da Família. Enfim, uma infinidade de ações que impactam diretamente na vida da nossa população diariamente. Demos o nosso máximo durante os oito anos de gestão. Eu e o Ronaldo (Fornazza, vice-prefeito) formamos uma equipe bastante comprometida, que sempre se dedicou, sem importar se era fim de semana, recesso, férias... Braço do Norte sempre esteve em primeiro lugar.
De todas as obras que você realizou, na sua avaliação, qual a que foi a mais significativa, aquela que você não poderia deixar a Administração Municipal sem realiza-la?
Beto: Cada obra tem a sua importância, seja ela de R$ 20 milhões, como a ligação entre o Pinheiral e Rio Fortuna, como os R$ 17,5 mil aplicados na Rua Eraldi Vicente Alves, no bairro Floresta, ou a ampliação de uma unidade de saúde ou de uma unidade de ensino. Mas vejo como uma das mais significativas da nossa gestão a Ponte Celso Kindermann, que liga o Centro ao Lado da União. Essa obra, esperada há cinco décadas, conectou o bairro, tirando os moradores do isolamento. Aproveito para agradecer, como sempre, o deputado estadual Julio Garcia e o ex-governador Eduardo Pinho Moreira, pela realização desta segunda ponte, tão importante para a trafegabilidade, que sempre foi um sonho da população de Braço do Norte.
Da mesma forma, qual a obra que você gostaria de ter visto concluída e não foi possível?
Beto: Infelizmente, não conseguimos realizar a aquisição de casas populares. Planejamos, buscamos, mas não obtivemos êxito. Outras obras também ficarão à espera de continuidade, como a segunda etapa do Centro Administrativo, que vai livrar o Município de mais de R$ 500 mil em aluguéis por ano, além de atender a acessibilidade necessária, e o novo ginásio.
Você acredita que a não eleição de seu sucessor possa ser um recado do eleitor de Braço do Norte? E se sim, que recado seria esse?
Beto: Eu só tenho a agradecer a população de Braço do Norte, pois nas duas vezes em que fui candidato, ao lado do Ronaldo, tivemos, nas duas oportunidades, o maior percentual de aceitação da história de Braço do Norte. Minha gratidão eterna ao povo de Braço do Norte. O recado deixado para todos é que a democracia é soberana. A população entendeu que novos ares eram necessários e isto é compreensível e natural.
Qual o futuro político de Beto Marcelino? Você assume algum cargo na Alesc no próximo ano?
Beto: O futuro a Deus pertence. Estarei sempre disposto a trabalhar por Braço do Norte, por nossa população, e ver esta terra que tanto amo prosperar ainda mais. Há sim a possibilidade de que eu atue na Alesc no próximo ano, porém, no momento, o foco é finalizar o nosso mandato com muita responsabilidade.