“Os Aventureiros” celebram 26 anos

São inquestionáveis os benefícios proporcionados pelo esporte para a saúde física e mental. Quando a prática de atividade física vem atrelada às boas amizades, os resultados obtidos vão muito mais além. Em Braço do Norte, o grupo intitulado “Os aventureiros” se reúne todas as quintas-feiras, há 26 anos, para jogar vôlei, um ritual que fortalece laços, cria memórias afetivas e mantém viva uma tradição.

A primeira formação se deu em 17 de fevereiro de 1997, reunindo um grupo de 12 amigos. A escolha do esporte, segundo eles, se deu por ser “rápido, técnico e estratégico, muito bom de se praticar”. Passadas mais de duas décadas, novos membros foram sendo agregados. “Hoje, temos 56 participantes no grupo, no qual 12 são titulares e a outra parte é considerada reserva. Quando um titular não pode estar presente no dia do jogo, um reserva que esteja disponível o substituirá”, explica o presidente grupo, Fabiano Joaquim

Fabiano, Keko, Geno, Diego, Bruno, Rodrigo, Fabinho, Luiz, Rupa, Carlinhos, Juliano e Erick são os atuais titulares. Fabiano avalia que inúmeros fatores contribuem para o que o grupo se mantenha unido por tanto tempo. “Por ser um esporte saudável, dinâmico e alegre, e pelo comprometimento de todos. Também foi importante o incentivo de algumas pessoas, como o professor Arthur Buss (em memória), um cara fenomenal, que tanto lutou e que sempre esteve à frente desse time, bem como o Aldo e o Nilo, pessoas que sempre nos incentivam a continuar”. Tanto empenho já resultou, inclusive, em bons resultados em competições. “Hoje em dia, não, mas houve épocas em que a base da Comissão Municipal de Esporte (CME) era composta pela maioria do grupo. Já tivemos vários resultados expressivos, como os jogos microrregionais para os Jogos Abertos de 2003 (JASC), onde a equipe sagrou-se campeã, ganhando de Braço do Norte; e nos regionais, em Forquilhinha, acabou perdendo sua classificação diante da então toda poderosa equipe da Intelbras/São José”, relembra.

“Em jogos da Super Liga, em São Ludgero, em um jogo amistoso na AFAI, tivemos a honra de jogar contra a comissão técnica da Cimed, de Florianópolis, e equipes como Pacheco, Weber, Renan e entre outras”, acrescenta. Com isso, fazem jus aos homenageados com a escolha do nome do grupo. “Escolhemos ‘os aventureiros’ por conta de pessoas que gostavam do esporte ou eram adeptos. Alguns eram filho, netos, sobrinhos e amigos de desportistas que se aventuraram em formar um time de voleibol no município, sagrando-se campeão estadual por várias vezes e vice-campeão brasileiro, época essa que receberam o nome de aventureiros. Então, foi uma homenagem a essas pessoas”, conta Fabiano.

Os aventureiros, portanto, carregam consigo um legado de superação, união e alegria. É por isso que a celebração se faz sempre presente. “Ao fim de cada jogo, tem uma janta descontraída, onde rola muita zoação. O convívio com os amigos, a diversão do esporte, a resenha pós-jogo... tudo isso nos traz uma sensação de relaxamento e descontração”, afirma o presidente. Para além dos encontros semanais, há ainda uma confraternização anual, marcada por uma viagem ou uma festa, onde os integrantes e seus familiares se fazem presentes. “A lição que fica desse grupo é o companheirismo e a persistência no que fizemos, e os jogos nos ensinam que, com dedicação e treino, os resultados aparecem com certeza”, conclui.