Hospital de Braço do Norte irá aguardar a oficialização dos recursos
Mesmo com o anúncio feito pelo Governo do Estado de que irá repassar R$ 2 milhões e com a garantia de que a Prefeitura de Braço do Norte assegurará novos R$ 2,2 milhões para as obras de construção da nova ala do Hospital Santa Teresinha, que abrigará a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a direção do Hospital não irá iniciar nenhuma obra sem a assinatura dos convênios que garantam esses repasses.
A informação foi passada pela direção do Santa Teresinha ao Conselho de Desenvolvimento Econômico durante encontro on-line da entidade na quinta-feira da semana passada. Havia esperança de que, com o comprometimento dos valores, as obras iniciassem o mais rápido possível. “Sempre fomos bem claros. A obra começa assim que os recursos estiverem garantidos”, explica o presidente da Comissão de Construção do Hospital, Carlos Fornazza. “Para nós, isso acontece no momento que os dois convênios forem assinados”, emenda.
No mesmo encontro, o responsável pela obra disse que o Hospital ainda estuda as diversas propostas de construção. “A ideia inicial era ir construindo por etapas. Assim, minimizaríamos a margem de risco que é acrescentada pelas empresas na hora que orçam uma obra”, detalha Fornazza. Porém, nos últimos dias, a ideia de terceirizar apenas a mão de obra e o Hospital adquirir os materiais para a construção ganharam força. “Também recebemos a proposta de uma empresa que quer entregar a obra pronta. Todas as possibilidades estão sendo estudadas”, garante.
O empresário também evita falar em prazo de entrega ou do custo final da obra. A previsão inicial era de um ano e meio a dois, a partir da data inicial, para sua conclusão. “Não há como assegurar. Hoje há falta de materiais de construção no mercado, sem esquecer que isso fez com que ele tivesse uma elevação, em muitos casos, de quase 100% em alguns produtos”, Carlos lembra que os R$ 9,2 milhões orçados há dois anos, quando se iniciou a busca por recursos para a ampliação, estão defasados e, mesmo assim, não contemplavam, por exemplo, as obras de infraestrutura, como a pavimentação do entorno e estacionamento do pátio.
Outro ponto importante dos esclarecimentos foi com relação à estrutura atual do Hospital Santa Teresinha. Carlos Fornazza lembrou que, mesmo com a construção da nova ala, a existente continuará recebendo atenção. Atentou para o fato de que o telhado será trocado ainda este ano. “Para vocês terem uma ideia, existem dez tipos de telhas diferentes em todo o prédio. Imaginem o trabalho que é para fazer uma manutenção quando chove e aparecem as goteiras”, lamentou.
O Santa Teresinha possui, atualmente, 305 funcionários, sendo 170 fixos. Nos últimos três anos, os atendimentos realizados no hospital saltaram de 59 mil para 83 mil. A construção da nova ala que comportará a UTI fará com que o número de funcionários seja elevado em mais 45%, calculam os diretores da instituição.
PLANO DE TRABALHO
O prefeito Beto Marcelino explica que, para repassar os R$ 2,2 milhões ao Hospital Santa Teresinha, solicitou à instituição a retificação do plano de trabalho, ou seja, onde será usado esse valor, o que até a última terça-feira ainda não havia sido devolvido à Prefeitura. “Assim que ele estiver concluído, enviamos para a Câmara de Vereadores analisar e, posteriormente, assinamos o convênio”, lembra Beto que já assinou um convênio para essa obra de R$ 2 milhões.
Já o repasse do Governo do Estado, de R$ 2 milhões, deve acontecer até o final de junho. “O governador Carlos Moisés pretende fazer uma agenda na Amurel com entregas, daí estaria junto”, acredita Rodrigo Pavei, chefe de gabinete do deputado Volnei Weber, envolvido na busca deste recurso. O próprio parlamentar destinou pouco mais de R$ 3 milhões de suas emendas particulares para o hospital em 2019.
Empresário Carlos Fornazza, presidente da Comissão de Construção do Hospital Santa Teresinha, garante que as obras do Hospital Regional, localizado no Rio Bonito, não estão abandonadas. “Decidimos que essa construção ficará para uma segunda etapa. Primeiro vamos construir e colocar em funcionamento a nova ala do Hospital no Centro da cidade. Depois disso, vamos voltar a falar em concluir a obra no Rio Bonito”, diz.
O Hospital Regional de Braço do Norte teve suas obras paralisadas em 2018, depois que a direção do Hospital Santa Teresinha, responsável pela construção, considerou mais prudente, depois de estudos, ampliar a atual sede em detrimento à gigantesca obra do Rio Bonito. “Não temos nem um valor aproximado, mas acreditamos que deve passar de R$ 50 milhões o valor para a sua conclusão.
Fornazza rebate que as ruínas da obra estariam abandonadas e podendo ser perdidas por deterioração. “Tivemos o cuidado de, nos últimos anos, rebocar os locais em que os ferros estavam aparentes, assim, evitando a oxidação da ferragem. Uma obra neste estágio, se não houver infiltração, dura a vida toda. Se não fosse assim, esses prédios antigos estariam todos caindo”, acrescenta.
Segundo o presidente, nos últimos dois anos o terreno foi cercado e, na medida do possível, está sendo feita a manutenção no terreno para não deixar um aspecto de abandono. Outra providência tomada foi o início da negociação de prorrogação do comodato desta área. Existe uma cláusula que dá um prazo para que o Hospital Regional começasse a operar, sob pena do terreno voltar às mãos de quem o doou. “Esse prazo já encerrou e o seu antigo dono já deixou claro que o interesse dele é ver a obra sendo executada”¸ revela.
