Residentes afirmam que depósito é irregular e causa transtornos à vizinhança
Alvo de reclamações por parte de moradores do bairro Tiradentes, em Gravatal, a empresa Magral - Madeiras Gravatal enviou à Redação da Folha do Vale uma nota explicativa a respeito das alegações dos residentes da Rua Geral Jacinto Iung, no Loteamento Dona Ana, e da Rua Álvaro José Medeiros. Em reportagem publicada na edição anterior da Folha, eles denunciaram que um depósito construído nos arredores tem causado transtornos, como o intenso trânsito de veículos pesados, o cheiro ruim provocado por produtos químicos para tratamento de madeira, a proliferação de mosquitos e, ainda, que a legislação municipal não permitiria esse tipo de atividade naquele local.
O documento destaca que, em seus 25 anos de atividades, a empresa nunca foi alvo de qualquer problema ambiental. “O galpão objeto da reclamação dos moradores locais se trata de uma extensão da empresa Magral, possuindo o único intuito de depósito. Não se trata de área destinada a qualquer industrialização”, diz a nota.
“No tocante ao fluxo de veículos pesados, frisa-se que, ao contrário do mencionado pelos moradores, a empresa depende de terceiros para fazer a coleta e distribuição das madeiras, fato esse que leva a acumular demanda para que seja coletado o máximo de madeira possível de uma única vez. Vale mencionar ainda que os moradores já estão acostumados com trânsitos exagerados, tendo em vista residirem perto de uma movimentada rodovia (a SC-370)”, continua a explicação.
A madeireira também nega que faz tratamento com produtos químicos e, quanto à possível proliferação de mosquitos, diz que possui laudo fitossanitário, obtido em outubro de 2021, assinado pela engenheira agrônoma Patrícia Menegaz de Farias, atestando que a incidência dos insetos não apresenta risco sanitário à vizinhança e que a proliferação se deu possivelmente em virtude de período chuvoso registrado na região, além das alterações de temperaturas e umidade. “Também não procede a informação de que a cooperativa negou a instalação de energia elétrica diante de possível irregularidade. Por se tratar de galpão destinado apenas ao depósito de madeiras, não há necessidade de instalação de energia elétrica”, rebate.
Sobre a alegação de que a instalação estaria irregular, a Magral afirmou ainda o galpão não possui características industriais, tendo em vista que segue a extensão da empresa utilizando-se o local para fins de depósito. As documentações inerentes à regularização do galpão estão sendo providenciadas diretamente à municipalidade, motivo pelo qual não há o que se falar em construção irregular. “Tais argumentos são desprovidos de qualquer veracidade. A empresa Magral mantém-se aberta ao diálogo, apresentando tanto à sociedade quanto à imprensa, de forma totalmente transparente, a verdade dos fatos”, finaliza a nota.