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Falta de insumos faz exames acumularem no Lacen

02/04/2020 17h23 | Atualizada em 02/04/2020 19h53

Apenas três resultados para teste de Covid-19 retornaram do Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina, o Lacen ao Hospital Santa Teresinha esta semana

Braço do Norte tem 32 casos suspeitos de Covid-19 que aguardam o laudo do Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen). Alguns deles há mais de dez dias. De segunda, 30 de março, a quinta-feira, 2 de abril, apenas três resultados para teste de Covid-19 retornaram do Laboratório ao Hospital Santa Teresinha, o que causa uma certa apreensão e angustia nos profissionais e nos pacientes, bem como seus familiares, que esperam o parecer final do exame.

Segundo o diretor técnico do Hospital Santa Teresinha, o médico José Nazareno Goulart Júnior, até a manhã desta quinta-feira, quatro pacientes estavam internados. “Os demais casos suspeitos estão em isolamento domiciliar aguardando os exames. Como eles têm os sintomas, mas não se tem a certeza da doença, são orientados a ficar em casa e não circular”, explica o médico, ao garantir que recebem todo acompanhamento necessário, mesmo fora do hospital.

Diferente de quando o contagio social iniciou, em que eram solicitados os exames de todos os casos suspeitos, o Lacen passou a aceitar apenas aqueles que os médicos recomendam a internação ou casos graves. “Eles ficam em observação por alguns dias. Como o quadro apresenta satisfatória melhora e não há risco aparente de uma piora, são liberados para aguardar em sua residência e em quarentena o resultado do exame”, esclarece o diretor Administrativo Vitor Abitante.

Exames no Lacen

No Lacen mais de 30 profissionais estão envolvidos na produção e distribuição de kits de coleta, recebimento e triagem da amostra biológica, processamento do exame, digitação de resultados e conferência e liberação do exame trabalhando por mais de 12 horas por dia. “Recebemos, em média, 200 amostras por dia e devido ao problema de desabastecimento de insumos elas estão se acumulando”, explica a diretora da instituição, a bioquímica Marlei Pickler Debiasi dos Anjos. Segundo ela, na última terça-feira, 31 de março, 359 amostras aguardavam exames. Somente nos primeiros 15 dias de trabalho foram realizados mais de 2.000 testes pela equipe.

A realização dos testes em Santa Catarina deu agilidade ao diagnóstico e descarte dos casos suspeitos nos primeiros dias. “Porém, o número reduzido de insumos, que são compostos por um conjunto de reagentes específicos para o diagnóstico laboratorial da Covid-19, faz com que tenhamos dificuldades em realizar os procedimentos com a agilidade esperada”, explica a diretora, que a demanda de exames é bem maior do que recebem os reagentes dos fornecedores.

“Não é um problema local. As fábricas não estão dando conta de atender todos os pedidos dos laboratórios do mundo todo”, justifica. Estamos em processo de aquisição de testes comerciais importados para ampliar a capacidade. Chegam na próxima semana”, tranquiliza a diretora. “Queremos dar respostas mais rápidas às pessoas que estão aguardando seus exames. Acreditamos em um serviço público de qualidade”, diz.

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