Aumento do fluxo com a futura liberação da serra preocupa comunidade e mobiliza entidades por mais segurança na rodovia
A mobilização em torno da melhoria da infraestrutura da rodovia SC-370, que liga Braço do Norte a Grão-Pará e segue até a Serra do Corvo Branco, ganhou novos capítulos nesta semana. A Câmara Municipal de Braço do Norte encaminhou requerimento à Secretaria de Estado da Infraestrutura e Mobilidade solicitando a construção de acostamento no trecho entre Braço do Norte e Grão-Pará. Em paralelo, a Associação Empresarial do Vale de Braço do Norte (Acivale) protocolou ofício reforçando o pedido e ampliando o alcance da reivindicação até a serra, um percurso de aproximadamente 18 quilômetros a mais.
A preocupação das lideranças locais é unânime: a ausência de acostamento ao longo da via representa risco constante para trabalhadores, ciclistas, turistas e motoristas que utilizam o trajeto diariamente. Além de ser a principal ligação da região com um dos pontos turísticos mais emblemáticos de Santa Catarina, a Serra do Corvo Branco, a rodovia também é estratégica para o escoamento da produção agrícola e industrial do Vale do Braço do Norte.
Atualmente, a Serra do Corvo Branco permanece interditada, com previsão de liberação apenas para março de 2026, se tudo ocorrer dentro do cronograma estabelecido pelo Governo do Estado. A expectativa é de que, a partir dessa data, o fluxo de veículos dobre, impulsionado pelo turismo e pelo transporte de mercadorias. “Estamos tratando de uma rodovia com intenso potencial econômico e turístico, mas que hoje oferece pouca segurança. A implantação de acostamento e ciclovia é fundamental para prevenir acidentes e promover o desenvolvimento sustentável da região”, destacam os representantes da Acivale.
A proposta vai além da segurança viária. A inclusão de ciclovia no projeto traria benefícios também ao turismo sustentável, incentivando a prática esportiva e o deslocamento seguro de visitantes e moradores, valorizando as paisagens naturais que cercam a Serra do Corvo Branco.
O pleito agora está nas mãos da Secretaria de Estado da Infraestrutura e Mobilidade (SIE), que deverá analisar a viabilidade técnica e financeira da obra. A comunidade, por sua vez, aguarda com expectativa uma resposta positiva que atenda às demandas históricas de segurança, mobilidade e desenvolvimento para a região.