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GERAL

APAE de São Ludgero atua no combate ao capacitismo

Campanha “Cuidar e Viver” utiliza a conscientização para difundir o respeito às diferenças e a inclusão das pessoas com deficiência

São Ludgero - SC, 11/09/2024 07h00 | Atualizada em 11/09/2024 16h55 | Por: Redação

Em uma iniciativa sensível e comovente, a APAE de São Ludgero emocionou ao divulgar um vídeo alertando sobre o capacitismo. Ao explicar sobre o termo usado para descrever a discriminação e o preconceito contra pessoas com deficiência, a intenção é combate-lo por meio da conscientização. A iniciativa faz parte da campanha “Cuidar e Viver: Promovendo saúde e bem-estar para todos”.
Com isso, a instituição reforça o compromisso com a qualidade de vida, o cuidado e a inclusão.  “O projeto tem por objetivo promover o combate ao capacitismo ao orientar a população sobre os prejuízos causados pelo capacitismo e as formas de combate-lo. Além disso, visa promover a importância da saúde preventiva, incluindo a vacinação, a alimentação equilibrada, a atividade física, as consultas, os exames regulares e os acompanhamentos das pessoas com deficiência ao longo da vida”, explica a diretora Daniela Ouriques Nunes Vicente. 
O capacitismo se manifesta quando a sociedade, as instituições ou os indivíduos atribuem menos valor às pessoas com deficiência ou criam barreiras que dificultam sua participação plena e igualitária na sociedade. Essa forma de preconceito se reflete por meio de termos ofensivos ou pejorativos, expressões inadequadas, olhares de julgamento ou limitação das oportunidades de interação social, educação, emprego e participação comunitária.
O capacitismo vem de percepções sociais e culturais que veem a deficiência como algo indesejável ou inferior. “Ele se origina de um modelo considerado ideal e perfeito pela sociedade, que nada mais é do que uma construção social. Assim, a pessoa com deficiência, que está fora dos padrões considerados ideais, é vista como anormal ou incapaz”, ressalta a diretora. No vídeo, os alunos da APAE de São Ludgero explicam que não se usam termos como “doente, inválido, portador de deficiência, incapaz, especial ou deficiente” e sim “pessoa com deficiência”. 
O capacitismo se encontra em todas as esferas, desde o mercado de trabalho até o sistema educacional. “Isso influencia a maneira como as pessoas com deficiência são tratadas e percebidas. Combatê-lo envolve não apenas a promoção de acessibilidade e inclusão, mas também a mudança de mentalidade, valorizando a diversidade e reconhecendo que todas as pessoas têm direito de participar plenamente da sociedade”, defende Daniela.
Entre as consequências negativas do capacitismo, estão o isolamento social, a baixa autoestima e barreiras sistêmicas. Por isso, a diretora esclarece este preconceito limita e desvaloriza pessoas com deficiência e, ainda que muitas vezes de forma sutil, causa impactos profundos. “Precisamos refletir sobre como pequenas mudanças em nossas atitudes podem abrir portas para uma sociedade mais inclusiva e justa. Respeitar as diferenças é o primeiro passo para transformar o mundo ao nosso redor”, finaliza.
 

 

Tubarão reconhece cordão como ferramenta inclusiva 

Projeto de Lei em prol das pessoas com Transtorno do Espectro Autista foi aprovado na Câmara de Vereadores de Tubarão

A Câmara de Vereadores de Tubarão aprovou por unanimidade, durante sessão ordinária, nesta segunda-feira, dia 2, o Projeto de Lei Ordinária nº 121/2024, que reconhece o cordão quebra-cabeça como um instrumento auxiliar para a identificação de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no município. 
A iniciativa, de autoria dos vereadores Felippe de Souza Tessmann e Erivelton Alexandre Mendonça Fileti, busca facilitar a comunicação, a compreensão e o atendimento adequado às pessoas com TEA, promovendo uma inclusão mais efetiva em espaços públicos e privados. A proposta visa garantir que o cordão sirva como um facilitador para a identificação dessas pessoas, especialmente em situações em que a comunicação pode ser desafiadora.
O uso do cordão será facultativo. Dessa forma, as pessoas com TEA ou seus responsáveis legais poderão utilizá-lo apenas se desejarem. Em caso de uso, deverá ser feito de maneira visível, de preferência pendurado na vestimenta ou em algum objeto de uso constante. A medida destaca ainda que o uso do cordão quebra-cabeça não constitui uma condição para o exercício dos direitos já assegurados às pessoas com deficiência pela legislação vigente.
O Projeto de Lei também prevê que o Poder Executivo Municipal, através dos órgãos competentes, promova campanhas de conscientização e divulgação sobre o uso do cordão quebra-cabeça. Essas campanhas terão como foco não apenas a utilização do cordão, mas também a importância do respeito, da inclusão e da compreensão das necessidades das pessoas com TEA.
“O TEA afeta a comunicação e o comportamento, tornando a interação social um desafio. O uso do cordão quebra-cabeça oferece uma maneira simples e voluntária de identificar pessoas com TEA, permitindo que a comunidade e os agentes públicos e privados estejam mais preparados para atendê-las de forma respeitosa e eficaz. Este projeto é um passo importante para tornar Tubarão uma cidade mais inclusiva, assegurando que as pessoas com TEA sejam tratadas com a atenção e o respeito que merecem”, justificam os autores da iniciativa.

Orientação e atendimento diferenciado
A nova lei determina que todos os estabelecimentos públicos e privados de Tubarão orientem seus funcionários e colaboradores sobre a identificação de pessoas com TEA através do cordão quebra-cabeça. O objetivo é assegurar um atendimento prioritário e diferenciado, que supra as necessidades específicas dessas pessoas. 
O atendimento prioritário para pessoas com TEA incluirá, mas não se limitará, a serviços individualizados e procedimentos que ajudem a minimizar as dificuldades enfrentadas por essas pessoas. Os estabelecimentos que deverão cumprir essa normativa incluem supermercados, instituições financeiras, farmácias, bares, restaurantes, lojas, prestadores de serviços e entre outros.
 

 

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