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Acordo firmado em 2021 ainda não está em vigor

Casan se comprometeu a repassar 5% do faturamento ao Município

13/01/2023 08h30 | Atualizada em 13/01/2023 09h30

Em maio de 2021, uma comitiva de Braço do Norte esteve na sede da Casan (Companhia de Água e Saneamento de Santa Catarina), em Florianópolis, quando foi firmado o compromisso de repasse ao Município de 5% do faturamento da empresa na cidade. Desde então, os trâmites burocráticos ainda não foram concluídos e os recursos não vêm sendo depositados no Fundo Municipal de Saneamento Básico. Acredita-se que cerca de R$ 500 mil tenham deixado de ser aplicado na cidade neste período.
O processo de legalização iniciou em dezembro de 2021, quando os vereadores aprovaram o Projeto de Lei Complementar nº 32/2021, que resultou na criação da Lei Complementar nº 0582/2022. Ela dispõe sobre a Política Municipal de Saneamento Básico e criou o Conselho Municipal de Saneamento Básico e o Fundo Municipal de Saneamento Básico.

Vereador demonstra preocupação com a demora para recuperar as ruas e cita exemplo acima

“Agora, estamos em processo burocrático para incluir no orçamento de 2023 a abertura de uma conta específica com seu CNPJ, para em seguida formalizar na Casan”, esclarece o secretário de Administração e Fazenda, Allan Lopes Prudêncio. Contudo, ele adianta que o objetivo, neste ano, é agilizar esta questão. “Estamos tratando como uma das nossas prioridades para o primeiro trimestre”, garante.
Ainda de acordo com o secretário, tendo em vista que o valor a ser destinado pela Casan é 5% do arrecado com o saneamento básico, o recurso será variável, não fixo. Sendo assim, não é possível prever o montante. O vereador Elton Heidemann, por sua vez, fez uma estimativa. “Isso daria aproximadamente R$ 40 mil por mês e, fazendo uma conta rápida, deve ter ficado entre R$ 400 mil e R$ 500 mil, que poderia ter vindo para cá”, calcula. Sobre a destinação deste recurso, o secretário Allan informa que poderá ser utilizado para pavimentação de rua ou para trabalhos educativos voltados ao saneamento básico.

Fundo agilizará recuperação de ruas

Desde que assumiu como vereador, Elton Heidemann tem fiscalizado e atuado pela causa do saneamento básico. Ele lembra que, já no início do mandato, fez críticas à Casan, o que levou o Município a contratar uma consultoria para a análise do contrato firmado desde 2013. Neste momento, sua preocupação também está na demora para recuperar as ruas após buracos serem abertos pela Casan. Como exemplo, ele cita a Rua Bernardo Locks, no Centro. “Neste caso, houve o rompimento do tubo de esgoto, e que carregou todo o solo para dentro dos tubos, gerando inclusive obstrução do caminho para o tratamento de esgoto. Após a segunda carga de areão colocada e sugada para a tubulação novamente, a Casan abriu um buraco grande para fazer o reparo. E assim ficou”, detalha, acrescentando que a situação se mantém há mais de seis meses e se multiplica por toda a cidade.

O secretário Allan explica como funciona o trâmite atualmente e a razão da demora. “A Casan é responsável pelos pagamentos e, quando um buraco é aberto para a realização de um serviço, uma empresa é contratada pela Prefeitura, por meio de processo licitatório, para fazer o conserto. A questão é que, no tempo de fazer a medição e encaminhar, este processo burocrático leva de dois a três meses, e a empresa fica sem receber neste período”, detalha. Devido à demora do pagamento, as empresas acabam não querendo realizar este tipo de serviço e o Município não possui mão de obra própria para fazer isso. “Então estamos buscando solucionar este problema. Além de melhorar a relação com a Casan, estamos agilizando a criação do Fundo Municipal de Saneamento Básico. Com isso, o Município fará o pagamento antecipado deste trabalho e, posteriormente, a Casan fará o ressarcimento. Mas, para isso, o Fundo Municipal facilitará no sentido de agilizar o trabalho de tapa-buraco”, adianta.

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