O prefeito de São Ludgero, Ibaneis Lembeck (MDB) e seu secretário de Administração, Finanças e Planejamento, o vereador licenciado Leo Fuchter, foram sabatinados nesta semana no Café da Folha. “Iba”, fez um relato dos 16 meses que está à frente da Administração, herdada de Volnei Weber (MDB) que renunciou para disputar a eleição como deputado Estadual.
Comemorou o fato de, neste período, pavimentar mais de um quilômetro de asfalto por mês nas estradas que dão acesso ao interior de São Ludgero e garantiu que todas as ruas do perímetro urbano do município estarão pavimentadas até o final do próximo ano.
Como está sendo para o senhor a experiência de administrar São Ludgero?
Ibaneis - Sempre estive muito próximo ao Volnei Weber. Garanto que mais de 90% dos meus dias, pelas manhãs, sempre estive acompanhando Administração. Traçávamos onde queríamos chegar e discutíamos todos os pontos. Chamávamos de projeto a quatro mãos. Quando o Volnei renunciou para ser candidato, a equipe de Volnei e Iba abraçou um novo projeto e seguimos juntos. Aumentou muito a minha responsabilidade. De um projeto que era feito a quatro mãos, agora são somente duas. O que fiz para poder compensar estas duas mãos? Agarrei-me aos vereadores e secretários que passaram a me auxiliar nesta busca, aumentando em muitas as mãos que trabalham pelo município. Cada um é responsável por seu setor, e todos focados em objetivos e nas prioridades: obras e ações dentro do município.
São Ludgero já é conhecida em Santa Catarina como a cidade que inovou na forma de realizar pavimentações, tirando o seixo do rio e fazendo a base, contratando apenas a camada asfáltica. Como está sendo para vocês a responsabilidade de ser vitrine?
Ibaneis – Verdade. Esta semana recebemos, na segunda-feira, cinco pessoas da Administração de Itapiranga, município do Extremo Oeste. O prefeito lá é muito participativo e encontro ele sempre em Brasília e falamos algumas vezes sobre como estamos asfaltando a cidade. Ele então mandou sua equipe vir aqui verificar todas as etapas de como a gente realiza as obras. Eles têm alternativas para colocar em prática o que estamos fazendo aqui. Assim como eles, outras administrações estão se espelhando no que está dando certo. Ficamos contentes e com a responsabilidade de fazer ainda melhor.
Além do asfaltamento, que outras ações você acredita que foram visionárias da Administração?
Ibaneis - Temos duas ou três ações que temos que enaltecer. Começando, em 2013, pela busca do Corpo de Bombeiros para São Ludgero. Outra ação foi junto a Defesa Civil, em Brasília. Logo após a cheia do rio Braço do Norte que alagou algumas ruas, invadiu casas e causou erosão da cabeceira onde era construída a segunda ponte. Como observamos que o dinheiro iria demorar para sair, investimos recursos próprio na obra e recuperamos, em tempo recorde, a cabeceira. Três semanas depois, vieram novas chuvas e mais fortes, se não tivéssemos agido rápido, um desastre maior poderia ter acontecido naquele ponto. Todos reconhecem este trabalho. Outra ação importante foi no córrego da comunidade de Santo Antônio, no bairro Nossa Senhora Aparecida. Lá conseguimos viabilizar R$ 569 mil, investidos na construção de um muro de contenção das águas, que resolveu o problema de alagamento. Uma ponte de concreto ainda foi construído na localidade, bem como resolvido o problema do desmoronamento nas proximidades do desaguador do Samae. O resultado está aí. Apesar das fortes chuvas, este ano não tivemos mais alagamentos.
São Ludgero já é conhecida como a cidade que tem 100% de esgoto tratado. Vai se tornar a primeira cidade a ser também 100% pavimentada?
Ibaneis – Com as ordens de serviço entregues, só ficarão sem asfalto no Centro da cidade as ruas que ainda não têm casas ou que são ruas sem saída, ou seja, praticamente, sem trânsito. Portanto, todas as estradas que recebem trânsito receberão uma camada asfáltica de um dos três pacotes de obras: um contemplando oito ruas na Encosta do Sol, outro pacote na margem esquerda do rio, num total de 17 ruas e mais 10 ruas e trechos de ruas na margem direita. Destas todas, doze já estão sendo executado os trabalhos. Lembro que nossa preocupação, em parceria com o Samae é realizar todas as ligações de água e esgoto nos lotes baldios para evitar cortar o asfalto depois dele pronto. Um investimento de R$ 5 milhões em 35 ruas, atendendo 900 famílias. A Rua Jacó Becker, é a única que não está neste pacote. Será realizada através de uma emenda do ex-deputado federal Jorge Boeira.
Assista mais sobre este assunto no vídeo.
https://youtu.be/PshjbqO368I
Este asfaltamento é gratuito para os moradores. Qual é a contrapartida deles?
Leo Fuchter - Ao invés de lançar a contribuição de melhoria, a gente tem o Programa Tapete Preto, parceria com os moradores. A Prefeitura faz o trabalho que vai da terraplanagem, passando pela base até a colocação do meio-fio. As empresas vencedoras da licitação colocam a camada asfáltica e cada morador é responsável pela construção de sua calçada. Ele deve contratar uma das empresas credenciadas pela Prefeitura a realizar o trabalho que custa em média R$ 2 mil, para um lote padrão, que tenha 15 metros de frente. Esta parceria com o morador tem uma lei específica. Aquele que se negar a pagar, terá a contribuição de melhoria lançado no carnê de IPTU.
Como está sendo a participação dos moradores e aceitação ao projeto de vocês?
Ibaneis – Penso que quase sua totalidade irá realizar este trabalho. Para se ter uma ideia da aceitação do nosso trabalho, mais de 80% da população pagou, à vista, o IPTU. Os moradores estão acreditando no nosso trabalho. Estão vendo o resultado. De abril de 2018 para cá, quando assumi, em 16 meses, já pavimentamos 18 quilômetros com asfalto. Sejam algumas ruas no perímetro urbano, as estradas do Bom Retiro, Nova Estrela e trecho do Mar Grosso, Três Divisas, Rio Pinheiros, Morro do Cruzeiro e Ponte Baixa. Todas as comunidades já receberam acesso. Todas com seis metros de pista terraplanagem e asfalto e mais um metro para cada lado, um pequeno refúgio para cada lado, só com a base.
Todas estas obras não comprometem o caixa?
Leo – Continuamos primando pelo planejamento e boa gestão administrativa e financeira, que é uma marca da Prefeitura de São Ludgero nos últimos anos. Porém, se tudo der errado hoje e acontecer algo que tenhamos que parar as obras, temos uma reserva para manter os trabalhos essenciais e pagamento de 13º salário.