Dra Elisa, psiquiatra do Provida, orienta a importância da aceitação e continuidade do tratamento para melhoria na saúde mental
Ninguém está livre de sofrer com algum transtorno mental. Milhares de pessoas são diagnosticadas diariamente com Depressão, Ansiedade, Insônia, Transtorno Bipolar, entre outros. Nos consultórios psiquiátricos, é muito frequente os médicos receberem pacientes com receio de serem vistos no local, de tomarem alguma medicação e ficarem dependentes ou com efeitos colaterais.
“Cada organismo reage de forma diferente a cada substância. É importante que seja discutido junto ao médico as reações que o medicamento pode causar, e se necessário, alterar a prescrição, até que se encontre o que melhor se adapte à realidade daquele paciente. No início, o corpo precisa se adaptar às novas substâncias e isso pode trazer alguns efeitos colaterais indesejados, mas não necessariamente sentirá algo após essa fase de adaptação. Por isso, reforçamos a importância de seguir à risca as dosagens e o período recomendado para que o efeito se estabilize no organismo”, explica a psiquiatra do Complexo Médico Provida, Dra. Elisa Oenning (CRM:19567 RQE: 15875).
Para auxiliar os pacientes a aderirem aos tratamentos, a medicina conta com novas e avançadas tecnologias e um grande investimento no desenvolvimento das medicações. Essa evolução contribui para assegurar ocorrências de impactos menores de reações adversas.
“Muitas pessoas interrompem a prescrição quando sentem melhora e abandonam o tratamento por conta própria. Porém, essa melhora se dá justamente por conta do uso correto dos remédios. Se por algum motivo este for interrompido, o paciente pode voltar a sentir os sintomas ou até piorar e tornar a doença mais resistente ao tratamento”, alerta a psiquiatra.
A falta de adesão ao tratamento não é exclusiva da especialidade da Psiquiatria e ocorre em muitas outras áreas médicas.
“É muito frequente em várias situações, como por exemplo em bipolares – mais de um terço abandonam o tratamento duas ou mais vezes e não comunicam o médico. Pode acontecer de várias maneiras, ou seja, a pessoa pode não tomar a medicação, ou tomar de acordo com o que acha melhor, interromper e voltar sem comunicar o médico. Claro que não há solução mágica, um tratamento só acontece e é efetivo se houver uma participação ativa e concordante por parte do paciente”, destaca Dra. Elisa.
A psiquiatra ainda ressalta que se o portador se encontra numa atitude de recusa, é o momento de a família tomar a dianteira e procurar ajudar o doente a aceitar ir a uma consulta. Atitudes como, ser compreensivo, sensibilizar a pessoa de que ela pode estar precisando de atenção especializada, mostrar com tranquilidade os sintomas presentes como irritabilidade, insônia, inquietação, desânimo, entre outros, podem contribuir para a aceitação.
“Persuadir o paciente a se tratar não é tarefa fácil. Requer paciência e compreensão e, muitas vezes, é necessário que se sofra por várias crises até que o portador aceite seu diagnóstico e assuma a necessidade de iniciar e dar continuidade no seu tratamento”, completa.