Pequenas despesas típicas do Natal podem se acumular e comprometer o orçamento das famílias nos primeiros meses do ano
As confraternizações de trabalho, escola, amigos e família estão entre os itens que mais pressionam o orçamento em dezembro Em meio às confraternizações, viagens e compras de presentes de Natal, muitos consumidores acabam realizando gastos não essenciais que, embora pareçam pequenos de forma isolada, se acumulam ao longo do período festivo e podem provocar desequilíbrios financeiros. Especialistas do Sicoob alertam que o fim de ano exige atenção redobrada ao orçamento, especialmente diante das despesas extras típicas do mês de dezembro.
De acordo com Eduardo Trigueiro, educador financeiro do Sicoob, muitos consumidores subestimam o impacto de gastos recorrentes como amigo secreto, decoração natalina, lembranças de última hora, deslocamentos por aplicativos de transporte, alimentação fora de casa e despesas relacionadas a viagens. “O problema não está no valor individual dessas despesas, mas no volume acumulado ao longo do mês. Sem organização, o consumo fragmentado acaba pesando significativamente no orçamento familiar”, explica.
Outro fator que pressiona as finanças são as múltiplas confraternizações de trabalho, escola, amigos e família, que costumam exigir contribuições extras. Além disso, compras realizadas às pressas, nos últimos dias antes do Natal, geralmente resultam em preços mais elevados, aumentando ainda mais os gastos.
O apelo emocional característico do período também influencia o comportamento do consumidor. A impulsividade, estimulada pelo clima de celebração, pode levar a decisões financeiras pouco planejadas, que só são percebidas quando as contas chegam nos meses seguintes.
Para evitar que os excessos de dezembro comprometam o orçamento de janeiro, mês tradicionalmente marcado por despesas como IPTU, IPVA e matrículas escolares, orienta que o planejamento natalino inclua todos os gastos previstos, inclusive os considerados pequenos. Estabelecer limites por categoria, como presentes, alimentação, lazer e transporte, e acompanhar de perto essas despesas são medidas fundamentais.
A instituição também recomenda a elaboração de listas detalhadas, a comparação de preços e o uso consciente do 13º salário. Para quem tem uma agenda intensa de confraternizações, a sugestão é definir prioridades ou optar por alternativas mais acessíveis, como eventos colaborativos. “O objetivo não é deixar de celebrar, mas garantir que as famílias aproveitem o Natal com tranquilidade e equilíbrio, sem carregar preocupações financeiras para o início do próximo ano. A educação financeira é uma grande aliada para transformar esse período em um momento de convivência e bem-estar”, reforça Trigueiro.