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Coqueluche: uma doença que pode ser evitada

Doença que geralmente atinge crianças, tem significativo aumento de casos

Tubarão - SC, 01/11/2024 15h58 | Atualizada em 01/11/2024 16h01 | Por: Redação
A coqueluche acomete crianças menores de 10 anos que geralmente não foram vacinadas.

A coqueluche está de volta. A doença que nos anos 80 se alastrou pelo Brasil, recebeu uma importante ampliação das coberturas vacinais, diminuindo drasticamente os casos nos anos seguintes. 
Em 2024, o aumento de casos da doença ocorre pela diminuição da cobertura vacinal e à resistência da bactéria aos antibióticos. 
Segundo a infectologista pediátrica do Completo Médico Provida, em Tubarão, Dra Raisa Cattaneo “A coqueluche é uma doença respiratória transmissível, causada pela bactéria Bordetella Pertussis. E é repassada por gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar, da pessoa infectada. Ela se apresenta em três fases. O primeiro estágio é catarral, que é semelhante a qualquer infecção viral das vias aéreas superiores, com tosse leve, coriza, espirros e febre baixa, com duração de 1 a 2 semanas. No estágio paroxístico, que compreende de 2 a 6 semanas, a criança tem ataques de tosse, que aumentam gradualmente, podendo levar a fazer esforço respiratório, engasgar, ficar cianótica e ter os lábios roxos, causados pela dificuldade de respiração. Fase esta que pode ocorrer o guincho respiratório e vômitos. Já no terceiro estágio ou fase de recuperação, que pode durar semanas ou até meses, os sintomas diminuem, mas o paciente continua a ter acessos de tosse esporádicos”, explica a médica.

“A coqueluche acomete crianças menores de 10 anos que geralmente não foram vacinadas. Quando elas estão imunizadas, e se contaminam, apresentam um quadro de menor gravidade. A vacinação é muito importante, porque diminui muito o tempo de tosse e a possibilidade de maiores consequências à saúde. Adultos são suscetíveis à doença mesmo tendo sido vacinados na infância”, alerta a Dra. Raisa.
Para verificação dos sintomas e definição do tratamento, o paciente precisa ser avaliado pelo médico. Casos de suspeita de coqueluche são notificados às autoridades de vigilância e saúde do município.
“Ao apresentar disfunções respiratórias significativas, o tratamento geralmente é com indicação de antibióticos via oral, mas em situações de maior gravidade, geralmente é necessário internação para melhora dos sintomas”, destaca a infectologista pediátrica.
Complicações
A maioria dos pacientes consegue se recuperar da doença sem maiores complicações, em casos mais severos, podem ocorrer sequelas como hérnias abdominais. Em crianças, especialmente bebês, o problema pode evoluir para infecções de ouvido, pneumonia, parada respiratória, desidratação, convulsão e até morte.
Prevenção
A vacinação é o principal meio de prevenção da coqueluche. Mantenha o calendário em dia.

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