O Epstein-Barr pode ser transmitido pela saliva, objetos e transfusão de sangue
O Carnaval no Brasil é uma das épocas do ano em que mais festas são realizadas, além é claro, de blocos, bailes e desfiles, caracterizados por aglomeração de pessoas e início de muitos flertes e relacionamentos. Nesse turbilhão, a mononucleose, mais conhecida como a doença do beijo, pode ser facilmente transmitida. “É uma infecção causada pelo vírus Epstein-Barr que se propaga pelo contato direto com a saliva de uma pessoa que tenha a doença, além de ser transmitida pelo compartilhamento de objetos e também por meio de transfusão de sangue”, explica o clínico geral do Complexo Médico Provida, Dr. Victor Buss.
Conforme o médico, essa patologia é bastante comum entre os 15 e 30 anos, e uma vez infectado pelo vírus, Epstein-Barr (EBV), fica com o mesmo por toda a vida. “Essa doença pode apresentar sintomas como, inflamação ou dor na garganta, febre, mal-estar, encefalite, cansaço, náuseas, vômitos, tosse, perda de apetite, dores musculares, inflamação dos gânglios do pescoço e entre outros. Por vezes, pode ser assintomática, mas ainda pode ser transmitida. Como não tem cura, o principal é tratar os sintomas para aliviar a febre e as dores”, destaca o clínico.
Mas, atenção: não é preciso cancelar o Carnaval. Estudos mostram que a maioria das pessoas é exposta ao EBV ainda na infância ou na adolescência, período que normalmente ocorrem os primeiros beijos. Desse modo, muitos foliões já estão imunes o vírus.
“O tratamento para a doença do beijo requer avalição médica, correto diagnóstico e posteriormente, repouso, líquidos, analgésicos e antitérmicos”, completa.