Psicóloga e psicopedagoga do Provida oferece dicas para melhorar o relacionamento familiar
Um dos períodos mais aguardados do ano está aí e, com ele, além das festas, vem também as tão esperadas férias. Época ideal para pais e filhos se aproximarem, já que nos demais meses do ano, o trabalho e os estudos tomam grande parte das horas no dia, causando, por vezes, certo distanciamento, o que preocupa os pais, que agora podem aproveitar para estreitar os laços familiares.
A psicóloga e psicopedagoga do Complexo Médico Provida, Sandra Regina Cruz recorda que quando parou para pensar sobre as férias, lembrou de que, por seus pais não terem férias, passava uma boa parte do verão na casa de praia da vó e na casa de praia da tia, junto com um montão de primos. "Ficar por um tempo de folga escolar sem o pai e a mãe e ter os cuidados de parentes, foi importante para o desenvolvimento da autonomia e, ao mesmo tempo, consolidar o que aprendi durante o ano. Até passei a gostar de feijão vermelho!”, lembra.
A especialista destaca que, atualmente, mesmo os pais que têm rede de apoio, por conta de uma idealização, se exigem a cuidar e educar os filhos sozinhos.
“Pai e mãe perfeitos, não existem! Aprendemos a ser pais na convivência com os filhos, o que muitas vezes traz culpas, pois é uma grande responsabilidade cuidar do desenvolvimento de uma pessoa. Então, relaxa, talvez algumas dicas possam ajudar a curtir as férias dos filhos, mesmo que vocês não estejam livres neste período”, ressalta Sandra Regina Cruz .
Dicas:
- Aproveite os momentos de intervalo do trabalho para estar perto, mesmo que virtualmente, mantendo as ideias das atividades que programaram juntos;
- As melhores ideias para sua família, são aquelas que saem de dentro da família, se autorize nesta tarefa e, fique atento ao momento, de quanto a relação com seus filhos é importante para você;
- Use a criatividade: crianças gostam de brincar, de natureza, de sensações, de mundo de faz de conta. Até os afazeres domésticos, podem se tornar uma brincadeira, por exemplo: com uma voz diferente, nomeie a criança de “mestre cuca”, coloque um chapéu na cabeça dela e outro na sua, ela pode ser seu ajudante, como na animação Ratatoulle, lembra? Não esquecendo dos cuidados e dependendo da idade da criança!
- As atividades que os pequenos aprenderam na escola, pode ser retomada de maneira lúdica, principalmente, se a criança apresentar dificuldade na aprendizagem;
- Tente interagir com outros pais, construir ou fortalecer sua rede de apoio, compartilhar cuidados.
“Como nem tudo “são flores” na infância, há momentos de tristeza, insegurança, angústias, sendo desafiador para os pais. Caso seja preciso ajuda para lidar com esses momentos e com a diversidade de situações, um profissional especializado é um importante caminho”, completa.