Evento realizado pela Pediatria Provida para levar conhecimento e fortalecer o ato de amamentar
Mulheres que são preparadas para a amamentação ainda no pré-natal tem maiores chances de sucesso no aleitamento materno, assim também como ter uma alimentação saudável, ajuda a mãe a ter saúde e a manter ofertando o leite ao bebê. Para auxiliar as futuras mamães, a Pediatria Provida, realizou, nesta semana, um encontro com o tema: Agosto Dourado – Amamentar e Nutrir, com a participação da consultora de aleitamento materno Débora Felisbino e da nutricionista Géssica Cruz Medeiros.
“A informação correta é fundamental nesta fase para ser construído uma rotina que propicie a mãe oferecer ao filho o leito materno de forma exclusiva até os seis meses de vida. Porém, dar de mamar nem sempre é um processo fácil e há muitas informações erradas de terceiros que, se acatadas, contribuem para a baixa produção de leite ou desistência em amamentar. Conversar e esclarecer sobre o tema pode ajudar significativamente”, destaca Débora.
Para a consultora, a futura mãe precisa saber incialmente como é produzido o leite materno, para ter em mente a importância do alimento na vida e no desenvolvimento infantil. “Durante a gestação, as mamas começam a passar por transformações. Alterações que ocorrem nos mamilos, na cor e no volume das mamas, entre outras mudanças. Nos primeiros dias, após o bebê nascer, a produção de leite costuma ser pequena, mas suficiente para alimentar o recém-nascido. A mulher precisa saber que todo leite materno é de boa qualidade e que não existe leite fraco”, ressalta Débora.
A cor e a composição do leite podem vaiar de uma mãe para outra, assim também como existem fases de produção: colostro, leito amarelado e espesso, rico em proteína, que sai do seio logo após o parto: transição é a fase do 7º ao 21 º dia, em que as proteínas e minerais reduzem e as gorduras e carboidratos aumentam, e no período maduro, que inicia a partir do 21° dia de composição do leite, é que ele se torna mais estável.
“No encontro falamos também sobre o posicionamento adequado para dar de mama e para a pega adequada, como saber se a criança está mamando bem, como manter a amamentação exclusiva durante os seis meses e outros temas questionados pelas gestantes”, completa.
Alimentação do bebê e da nutriz
O período que compreende, de 270 dias de gestação e mais 730 do nascimento até os dois anos, é conhecido como os primeiros mil dias de vida. Fase primordial para desenvolvimento da criança, que já na barriga da mãe, tem influências na saúde física e emocional. Período determinando também na formação de bons hábitos alimentares, que contribuirão para que a criança se torne um adulto saudável.
“Amamentar então, é muito mais que nutrir o bebê. É um processo que envolve interação profunda entre a mãe e o filho, com repercussões no estado emocional e nutricional da criança, em sua habilidade de se defender de infecções, em sua fisiologia e no desenvolvimento cognitivo e emocional. Influencia na sua saúde a longo prazo, além de ter implicações físicas e psíquicas na mãe, entre inúmeros outros benefícios”, ressalta Géssica.
Para a produção de leite materno, a nutricionista indica as gestantes, ingerir calorias e líquidos além do habitual, mas nada em exagero. Acredita-se que um consumo extra de 500 calorias por dia seja suficiente, pois a maioria das mulheres armazena durante a gravidez de 2 a 4 kg para serem usados na lactação.
Fazem parte das recomendações para alimentação adequada durante a lactação os seguintes itens:
- Adotar uma dieta variada, incluindo pães, cereais, frutas, legumes, verduras, derivados de leite e carne
- Comer em especial, frutas e vegetais ricos em vitamina A
- Saciar a sede
- Evitar dietas e medicamentos que promovam rápida perda de peso
- Consumir com moderação café e outros produtos cafeinados.