Acorde seus sonhos. O melhor convite para começar um novo ano. Deitado em casa, comecei a pensar: qual é o meu maior sonho? O que ainda me impede de chegar até ele? É curioso perceber que, quando a gente finalmente para, quando o mundo silencia um pouco, os sonhos começam a falar. Eles não gritam, eles sussurram. E é nesse sussurro que a gente percebe o quanto estava distante de nós mesmos.
Na correria do dia a dia, a gente vai se perdendo sem notar. Vai esquecendo do que gosta, do que desperta alegria, do que dá sentido às manhãs. Aos poucos, vamos desligando a emoção e vivendo apenas no modo automático. A neuropsicologia nos mostra algo muito bonito e muito sério: o cérebro também precisa de sentido, de motivação, de propósito. Sonhar não é exagero emocional, é necessidade humana. Sonho alimenta memória afetiva, fortalece emoções saudáveis e estimula o cérebro a continuar acreditando na vida.
Desistir de sonhar é quase como se afastar da própria essência. Claro, existem situações em que a depressão e o sofrimento nascem de fatores biológicos e precisam de cuidado profissional. Isso é real, é sério e merece respeito. Mas em muitos outros casos, o que faz a alma adoecer é a desistência de sentir, de desejar, de acreditar. Como diz a música do Skank: “a gente é diferente quando sente”. E é verdade. A gente não tem se permitido sentir.
Quando a gente desacelera, sente. E quando sente, a vida volta a pulsar. Sonhar reacende o cérebro, reacende o coração, reacende a existência. Então, neste novo ano, permita-se sonhar de novo. Dê espaço para aquilo que faz sentido, mesmo que seja simples, mesmo que pareça pequeno. Porque a vida muda quando a gente desperta por dentro.
Desperte seus sonhos! Não para escapar da realidade, mas para construir uma realidade em que sua alma tenha prazer em permanecer.

Robson Kindermann Sombrio
Psicólogo (CRP 12/05587) e autor de vários livros de autoajuda. @robsonkindermannsom