Sexta-feira, 18 de julho de 2025
Braço do Norte
15 °C
3 °C
Fechar [x]
Braço do Norte
15 °C
3 °C
GERAL

A literatura como refúgio: Robson Kindermann completa 45 anos reafirmando o ofício de escritor

Catarinense comemora aniversário falando sobre manias, processos criativos, leituras favoritas e a certeza de ter feito a escolha certa ao seguir a vida de escritor

Braço do Norte - SC, 17/07/2025 11h00 | Por: Redação
Autor de crônicas semanais há duas décadas, ele começou sua trajetória literária nas páginas do jornal Folha do Vale, em 2002

Nesta quarta-feira, 17 de julho, o escritor catarinense Robson Kindermann Sombrio completa 45 anos. Autor de crônicas semanais há duas décadas, ele começou sua trajetória literária nas páginas do jornal Folha do Vale, em 2002. Em 2018, lançou seu primeiro livro da série Crônicas da Vida Real, gênero no qual vem se destacando pelo olhar sensível e ao mesmo tempo agudo sobre o cotidiano. Para marcar a data, Robson conversou com a reportagem sobre o ofício de escrever, suas obsessões literárias e o que espera — ou não — da eternidade.

Quando você se deu conta de que queria ser escritor?
Quando percebi que era a melhor profissão para quem gosta de ficar sozinho.

Quais são suas manias e obsessões literárias?
Ler livros físicos. Sempre prefiro o papel.

Quais são as circunstâncias ideais para escrever?
À noite, com silêncio absoluto. E, claro, inspirado por alguma ideia que simplesmente flua.

E para ler?
Chuva. Melhor ainda se for inverno.

O que define um dia de trabalho produtivo para você?
Quando consigo escrever.

O que mais lhe dá prazer no processo de escrita?
Escrever, depois faxinar o texto e retirar os excessos. Essa limpeza é quase terapêutica.

Qual o maior inimigo de um escritor?
A escrita sob encomenda. Nunca consegui produzir dessa forma.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Um livro imprescindível? E um que poderia ser descartado?
Perdas e Ganhos, de Lya Luft. Quanto ao descartável... não sei, acho cruel dizer isso de qualquer livro. A gente sabe como é difícil escrever — e mais ainda publicar.

Existe algum assunto que jamais entraria na sua literatura?
Escrevo crônicas semanais há 20 anos ininterruptos, não posso me dar o luxo de evitar assuntos.

Qual foi o canto mais inusitado de onde tirou inspiração?
De uma praça onde todas as pessoas estavam no celular.

E quando a inspiração não vem?
Mais um dia normal.

Se pudesse convidar qualquer escritor, vivo ou morto, para um café, quem seria?
Lya Luft.

Como você define um bom leitor?
Aquele que se deixa seduzir 100% pela história.

O que te faz feliz?
Ser elogiado por um texto que escrevi.

Existe alguma dúvida ou certeza que guia seu trabalho?
A certeza de que fiz bem em abandonar todas as outras carreiras, mas nunca a de escritor.

Qual a sua maior preocupação ao escrever?
Ser objetivo.

A literatura tem alguma obrigação?
Sim: a de cativar.

Se um extraterrestre aparecesse na sua frente e dissesse “leve-me ao seu líder”, a quem você o levaria?
Ao Gustavo Kuerten, o Guga.

E por fim: o que você espera da eternidade?
Deus me livre da vida eterna.

Folha do Vale

Rua Manoel Neves, 470, Bairro Tiradentes, Gravatal, CEP: 88.735-000 - Santa Catarina.

Folha do Vale © Todos os direitos reservados.
Demand Tecnologia
WhatsApp

Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao utilizar este site, você concorda com o uso de cookies.

Ok, entendi!