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COLUNISTAS

Relação Beach tennis

29/09/2023 08h00 | Atualizada em 28/09/2023 08h25 | Por: Robson Sombrio

No beach tennis, mesmo com dificuldade, você se esforça pra receber o saque. É claro que tem momentos em que a bolinha cai. Segunda-feira chuvosa e venho na frente do computador escrever mais um texto. Pensamentos surgem e eu estou aqui, feliz e escrevendo. você tem feito coisas que o deixa feliz? A vida é como um jogo de beach tennis. Lembrei do tempo que não existia tanta tela para distrair nós humanos. Ainda sobre o beach tennis, o bom jogador é aquele que tem a exata noção do jogo e sabe o ponto fraco do adversário – e é nessa hora que vem aquela cortada. Ou seja, o jogo acontece para fazer o outro errar. Muitas relações funcionam assim. Uma disputa entre um e outro. 

Quantas vezes sentimos que estamos jogando sozinhos, vivendo sozinhos e tendo uma relação desse jeito? Beach tennis é parecido com um relacionamento. Deve ser jogado a dois, a pessoa está ali, de corpo presente, mas deixa quase todas as bolinhas caírem no chão. Não retorna o saque para você, não interage, não entra no jogo, nem muito menos na brincadeira, não devolve piada e elogio (não devem ser economizados, por favor). Reciprocidade é algo que não se exige nem se cobra, é isso que quero dizer. Muitas pessoas estão interessadas em jogar com você ou desejam jogar, mas só estão interessadas no resultado final. O jogo em si, não. Eu gosto é de trocas inteligentes, interações divertidas, retornos e desafios.  

Gosto do jogo em que os dois ganham (não sei se existe algum). Na vida, o único adversário que existe é você contra você mesmo. No relacionamento, ou os dois ganham ou nada feito (ou ninguém ganha). Esse texto está me fazendo pensar... tô tentando definir algumas amizades com pessoas queridas, tô criando uma analogia. “Admiro muito sua inteligência, sua percepção, seu jeito. Nossa amizade é rica, e eu nunca fico sem uma resposta, seu retorno é sempre certeiro, me faz pensar, você me estimula a ser uma pessoa melhor. Você nunca deixa a bola cair. Mesmo com dificuldade, se joga e se esforça para receber o saque e devolver para mim. É claro que há momentos em que a bolinha cai, e você não consegue rebater, mas sei que se esforça”.

Por fim, fui convidado uma única vez. Joguei, confesso que gostei. Pra mim, é importante o jogo inteiro, gostei de todos os movimentos, e não somente da tacada final. Às vezes, a pessoa escolhida para ser seu parceiro (a) de jogo não faz por mal, é porque não sabe, mesmo. Nesse caso, se a pessoa estiver disposta a aprender, sem achar que você está fazendo cobrança o tempo inteiro, ótimo. Se não, você vai perceber que projetou nela alguém que não existe ali. Você está desejando algo que não pode – e nunca vai – te dar. Cabe a você decidir se a pessoa tem outras qualidades que compensem a inabilidade de um relacionamento. Simples assim, bola pra frente. Preste atenção ao próximo saque.   

Folha do Vale

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