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COLUNISTAS

Quando a prevenção também é amor

27/06/2025 13h45 | Atualizada em 27/06/2025 13h42 | Por: Robson Sombrio

Algumas coisas são inexplicáveis para quem está de fora. O mesmo olhar que acolhe também pode punir. O que está por trás de cada palavra, de cada gesto? Existem palavras que ferem, outras que acariciam. Erro ao escrever a palavra “ferem”, acerto a que acaricia.

Ao viajar na função de psicólogo da Coordenadoria Regional de Educação de Braço do Norte, compartilho dores e alegrias. Quanta felicidade na recepção de uma taça de vinho oferecida pelo hotel. Um dos pilares da felicidade é conseguir estar presente. Estar escrevendo é uma das minhas felicidades — e nada mais importa neste momento.

Estávamos todos reunidos: psicólogos e assistentes sociais. Orgulho-me de ser catarinense. Sentamos à mesma mesa, fizemos as mesmas brincadeiras, pertencemos ao mesmo Estado e ao mesmo país. Cumplicidade e camaradagem talvez sejam as palavras certas para definir esse tipo de amor. Um amor que começa na prevenção e segue vida afora.

Compreendo os traumas ocultos, as dores disfarçadas, a raiva acumulada. Mas juro: a gente não é só isso. A gente é alegria. É felicidade em forma de gol aos 45 minutos do segundo tempo — ou logo no primeiro minuto de jogo. Somos a vitória, a arte, o belo e o bom. De longe, eram as mesmas mãos que se reconhecem e se apoiam. Mesmo sem palavras, havia entendimento. Todos aqueles, vindos do Estado inteiro, com um olhar cúmplice.

Sou integrante da equipe NEPRE — Política de Educação, Prevenção, Atenção e Atendimento às Violências na Escola. Uma rede que nos levanta e nos aquece. Ações que nos justificam e nos validam. A beleza da vida mora nesses encontros de conhecimento e paz. Temos muito a melhorar — mas lembremos de tudo o que já melhoramos.

Tanta coisa nos divide na vida: política, religião, futebol. Poucas coisas, no entanto, nos acolhem. E ali, naquele encontro, encontramos. Fizemos a diferença. Somos lembrança. Nada de mim está mais lá, apenas a memória de velhos (e bons) encontros.

A vida não é de quem acorda feliz, é de quem acorda grato. Gostaria que essas palavras chegassem aos amigos do NEPRE SC. Que chegassem à leitura de Clarice Zanetti, Valdiceia Klausen, Anderson Floriano. Obrigado pela oportunidade única. O bem acordou — e o mal não vai vencer.

A vida não é o tempo do relógio — é o tempo do coração. E a vida sempre será muito criativa em distribuir seus momentos. A vida é barulhenta, dentro e fora de nós. Nada se aquieta.

Folha do Vale

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