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COLUNISTAS

A única exceção

29/08/2025 10h10 | Atualizada em 29/08/2025 10h09 | Por: Robson Sombrio

The Only Exception. São seis e trinta da manhã. Essa música aparece na minha playlist. Aumento o som.
No decorrer da vida, muitas mulheres cruzaram o meu caminho: minha mãe, minha mãe-tia, madrinha, professoras, amigas, primas, colegas de trabalho. Ontem, ao andar pela rua, encontrei Amélia Felippe da Silva e Georgia Garcia – e foi ali que nasceu este texto (elas não me viram).

Não dá para entender essas duas (ou talvez dê). Na verdade, elas foram feitas para não caber em rótulos, caixas ou expectativas alheias. Foram feitas para transbordar dedicação, fé e propósito. Georgia, há 27 anos, dedica-se à Casa Lar (Asacad). Amélia já soma 25 anos de serviço à APAE. Ambas vivem para o outro, com trabalhos voluntários que ultrapassam qualquer limite.

E é isso que faz delas seres humanos especiais. Eu sei que esse transbordamento muitas vezes incomoda. Mas é justamente aí que Deus age: no incomum, no improvável, naquilo que não se adapta, mas transforma.

São mulheres especiais, distantes de qualquer definição de “comum”. São aquelas que dizem “vai dar tudo certo” e arregaçam as mangas para fazer o que for preciso, garantindo que o dia termine bem. Enquanto escrevia, fiquei pensando na causa que cada uma abraça. Quantos dias difíceis já enfrentaram - aqueles que as redes sociais não mostram - ? Mesmo assim, seguem firmes, porque suas causas são nobres. Lutam porque amam. Rezam porque acreditam. Dão o melhor de si porque têm fé. E a sociedade, todas as famílias, agradecem. Nosso muito obrigado por tamanha dedicação a um mundo melhor.

No início, falei da música A única exceção. A canção fala de alguém que não acreditava mais no amor, mas encontrou uma pessoa que mudou essa visão. A vida precisa ser assim. Somos seres sociais: nascemos para viver em comunidade, precisamos uns dos outros.

Este texto é dedicado a todas as mulheres. Uma mulher especial olha no espelho e aceita suas imperfeições com bom humor, confiante de que pode driblar os obstáculos. Uma mulher especial se presenteia de vez em quando. Uma mulher especial pode ser sua avó, sua mãe, sua tia.

Elas estão em todos os lugares: num sorriso tímido no supermercado, num banco da praça, na igreja ou no shopping. Carregam suas alegrias e suas dores, seus sonhos e suas desistências. Tropeçam, caem, levantam e recomeçam. Amam e desejam o bem.

Na vida, precisamos de mais Georgias e Amélias.

Folha do Vale

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