Ministério Público se manifesta contrário à sentença de juiz em Armazém
Apromotora de Justiça da Comarca de Armazém, Luisa Zuardi Niencheski, apresentou na sexta-feira, 17 de janeiro, recurso para o Tribunal de Justiça de Santa Catarina rever a posição do juiz de primeira instância, Elleston Lissandro Canali, requerendo a condenação do ex-presidente da Cooperzém, Gabriel Bianchet, e demais réus da ação penal deflagrada após operação Apagão, da Polícia Civil.
Segundo recurso da Promotoria, “a partir da confecção das fichas de matrícula ideologicamente falsas, os novos ‘associados’ passaram a gozar do direito ao voto, diga-se ‘marcado’, prejudicando a licitude das eleições para o cargo de presidente da Cooperzém e contribuindo para que o ora apelado Gabriel Bianchet se perpetuasse no comando da cooperativa”, assegurou em sua argumentação.
A representante do Ministério Público, na petição elaborada ao Tribunal, citou o depoimento de testemunhas, dentre as quais uma senhora identificada com as iniciais L.A.M, que relatou que “fora convidada por Gabriel Bianchet para ser sócia da cooperativa”, mas que “reside em Termas do Gravatal, sua energia residencial é fornecida pela cooperativa de Gravatal, e não pela de Armazém”.
Uma outra ré, I.B.M., relatou ser neta de Gabriel Bianchet e que, apesar de não morar com o avô, admitiu que teria passado o relógio de energia da churrasqueira da casa de seu avô para o seu nome, para gerar direito a votar como associada.
Em razão desses e outros argumentos, a Promotoria de Justiça pede a reforma da sentença de primeiro grau, requerendo a condenação de Gabriel Bianchet e outros nove réus, por quase 50 crimes, como associação criminosa (formação de quadrilha), falsidade ideológica, falso testemunho e apropriação de valores.
