Fillippi Fernandes encerra o ciclo como vereador, mas continua na vida pública
Fillippi Fernandes (PSD), o “Muy”, atual presidente da Câmara de Vereadores de Braço do Norte, se despede do Legislativo com um até logo. Candidato a vice-prefeito na última eleição, ao lado do também vereador Allan Lopes Prudêncio (PSD), formaram uma chapa pura visando a manutenção do partido no Executivo, em sucessão a Beto Kuerten Marcelino.
Mesmo não vitoriosos no pleito, Muy garante que prossegue na vida pública e que concorrerá daqui a quatro anos a outro cargo público, segundo ele, pela sua extrema vontade de contribuir com a cidade.
Durante sua passagem pelo Legislativo, foi responsável por 182 indicações, 25 moções de pesar, 24 requerimentos, 24 projetos de leis ordinárias do Legislativo, dois projetos de leis complementares, 23 moções de congratulações e outras duas honrosas. Foram dois projetos de decretos legislativos e outros dois projetos de leis complementares do Legislativo.
Antes de deixar a presidência da Câmara, Muy deve assumir a Prefeitura de Braço do Norte, no começo de dezembro, por alguns dias, assim como tiveram oportunidade os outros seis presidentes da atual Legislatura. Muy ainda espera, nos próximos dias, anunciar o valor que será devolvido ao Executivo, segundo ele, para que o Município possa dar prosseguimento a obras já em andamento.
Como você classifica sua administração na Câmara de Vereadores de Braço do Norte?
Muy Fernandes: Pauto a minha gestão em uma administração coerente, voltada a dar um retorno efetivo à população, visando oportunizar sobras orçamentárias da Câmara para devolver ao Poder Executivo. Isso para que possa ser aplicado o recurso em melhorias para nosso Município, trazendo investimentos para saúde e educação. No meu mandato, intensifiquei ainda mais a fiscalização e, principalmente, a busca de recursos com nossos parlamentares estaduais e federais, para trazer um efetivo investimento para Braço do Norte.
Você foi o único dos sete que passaram pela presidência nesta Legislatura que ficou um ano cargo (os demais só seis meses). Além do tempo, o que mais diferenciou a sua gestão das demais?
Muy: Uma gestão participativa, foi uma gestão feita por todos os vereadores, sempre busquei a ideia e opiniões deles para levarmos os trabalhos legislativos em harmonia, todo mundo têm boas ideias que ajudam a contribuir com a construção de nossa cidade.
Por qual projeto de sua autoria você espera ser lembrado pela população?
Muy: Ao longo desse mandato, tive vários projetos de lei com a intenção de melhorar nosso dia a dia. Um que gosto de lembrar é o que virou a Lei 3438/2021, que determina aos laboratórios conveniados da rede pública realizar coleta de materiais para exames laboratoriais nas residências das pessoas com dificuldade de locomoção, situação que ajudou muitos moradores que tinham dificuldades. Outro projeto interessante foi o que instituiu a inclusão da carne de peixe e seus derivados no cardápio da merenda escolar da rede pública municipal de ensino. Todos sabem que nossa região é forte produtora de pescado e, por outro lado, a carne de tilápia, por exemplo, é um alimento rico em nutrientes, auxiliando o aprendizado e memória dos estudantes. Essa ação ainda contribui com os piscicultores da nossa região, fortalecendo a economia e contribuindo com a geração de renda.
Não existe eleição ganha, mas seu desempenho como vereador durante os três primeiros anos mandato mostraram que você era um edil participativo e teria grandes chances de se reeleger para o cargo. Por que, então, optou em ser candidato a vice-prefeito e o que deu errado, na sua avaliação?
Muy: Na escolha dos candidatos, o partido precisou de mim em busca de um projeto onde eu poderia contribuir muito mais com Braço do Norte. Então, de prontidão, disse que poderia contar comigo. Minha intenção sempre foi deixar uma marca de muito trabalho e realizações para a comunidade. Na condição de vice-prefeito, entendia que poderia realizar mais e colocar em prática ideias que penso que poderiam contribuir com Braço do Norte. Então, me lancei ao desafio. Dessa vez, a maioria preferiu por outra opção, o que não acho errado, pois estamos em uma democracia, mas a minha vontade de contribuir com Braço do Norte não acabou.
Qual o seu futuro político e profissional?
Muy: Nossa jornada ainda não acabou, tenho uma vocação muito forte dentro de mim, de ajudar as pessoas e de poder ver nossa cidade crescendo e se desenvolvendo em um rumo certo. Sei da minha capacidade e que posso contribuir muito ainda com Braço do Norte, então eu afirmo que continuarei com a vida pública e penso, ainda, em voltar a concorrer a algum cargo eletivo, pela minha vontade de contribuir com a nossa cidade.