Se a gente partir do principio básico, todos somos alguém, mas o que quero dizer é aquela sensação que a gente busca tanto. Por que a gente estuda tanto? Por que se sacrifica tanto? Quem a gente quer que valide a gente? Por que que a gente quer tanto que a família valide? Qual o fim dessa história? Até aonde isso vai? Processo de se entender, de se amar, a vida deve ser uma caminhada de respeito interno, de criar dentro de você um lugar de paz, sem ansiedade, um lugar tranquilo, de fazer boas escolhas, de bons pensamentos, de conversas saudáveis, expectativas alinhadas com o que a gente gostaria. O eixo da vida sempre vai ser interno.
Nossa mãe e nosso pai são importantes, mas o que eu quero fazer da minha vida é uma decisão minha. Eles vão embora e a gente continua aqui. Eles são parte da minha experiência de viver. Eu sei que a gente reluta contra isso. Vamos continuar essa linha de raciocínio básico. De novo, olhando claramente, a vida é uma oportunidade, de estar aqui e aproveitar. O que eu posso fazer para essa vida ser a mais tranquila possível? A vida é uma conexão com teu eu. É que a gente fica tão preocupado com coisas bobas. A gente, às vezes, é muito bobinho perto da vida, perto da nossa potência de agir.
O sentido não é ficar sentado no sofá. O caminho certo, na maioria das vezes, é a sensação de caminho certo. “Robson, estou na faculdade, como vou ter a certeza?”. A gente não tem. Então, a vida vai ser esse processo interno. A vida é uma caminhada, não uma maratona. A vida não pode ser um desespero. A vida não pode ser uma comparação, uma competição. Eu entendo quando a gente quer agradar a nossa família. Eu tô fazendo meu caminho. Eu nunca escrevi para dar orgulho. Eu sempre escolhi pra mim. Pai e mãe, espero que minhas escritas deem orgulho pela essência de quem sou. Quero muito dar orgulho, mas quero seguir meu caminho. Eu acho que nunca fui tão profundo em meus textos. Meu coração é o que eu tenho que seguir – e é o seu coração que você tem que seguir, entende?
A vida é instável. Todo mundo morre de medo todos os dias. Não existe a segurança. E olhar pra si e pensar: estou no caminho certo. A vida é tão legal, estou fazendo o melhor que posso. É paciência, dia após dia. Tem momentos que dão muita tristeza. O que é ser alguém? E de fato ser alguém? Ou é sentir? É o amor próprio que vai fazer você ter conversas inteligentes com você mesmo. O amor próprio que vai te guiar. A segurança não vem do caminho, mas vem da caminhada e a vida vai ficando mais fácil. Abre a tua consciência, segue que vai dar certo, mas não é no tempo das coisas que a internet é. A internet não é realidade. A comparação só te diminui. Esteja alinhado para você não se perder de você. Segue a tua essência e teu coração, segue o que você é, o que você acredita.
Robson Kindermann Sombrio
Psicólogo (CRP 12/05587) e autor de vários livros de autoajuda. @robsonkindermannsom